Saudade

A maior saudade que podemos sentir é a da alma. A saudade que você não consegue vencer, a saudade que sufoca o coração. A saudade que faz com que você sinta a pessoa do seu lado, mas não consegue superar porque você é humano e não consegue sentir o toque, o cheiro e o calor do abraço desta pessoa a te envolver e mesmo que você saiba que ela esta ali ao seu lado a te envolver no calor do seu amor, você ainda continua a sentir. Saudade que nutre a alma, mas que não supre a matéria.

Apesar de sermos espírito que sente tudo através de nossos sentidos materiais, alguns ainda não estão elevados a sentir os verdadeiros sentidos da alma.

Como diz Chico Xavier, “saudade é uma dor que fere nos dois mundos”. Aqui no mundo material, aonde ainda estamos à beira do egoísmo de não deixarmos partir quem tanto amamos. Saudades no mundo espiritual, muitas vezes daquele ente querido que fica próximo de nós, o qual é chamado pelo nosso desespero e sofre por não conseguir nos acalmar e fazer ver o quão bem ele está.

Aprendi bem novo com minha amada avó que não devemos chorar quando alguém se vai, pois a pessoa que se foi sofre mais, pois fica junto de nós e não se vai a tentar nos acalmar e isso não é bom. Mas me lembro, quando perdi o meu amado e eterno avô que não consegui cumprir essa promessa à minha avó e talvez nem ela mesma a cumpriu, a dor de só saber que ele não estava mais ali fisicamente conosco era tamanha, como eu nunca senti na minha vida e nem eu, tampouco ela conseguiu superar.

Mas hoje, depois da partida de ambos, me sinto mais forte e compreendo um pouco melhor essa saudade, pois através da leitura e dos cursos sobre a doutrina espírita, consegui me confortar mais destas perdas. Hoje entendo o que minha amada avó queria dizer. A saudade se resume puramente à saudade, não mais ao egoísmo.

Também hoje eu compreendo a frase “Quando a saudade é demais e não cabe no peito: escorre pelos olhos”.

Talvez este texto represente exatamente o que a saudade hoje significa para mim.

“SAUDADE E AMOR”

 “Ante as lembranças queridas dos entes amados que te precederam na Grande Transformação, é natural que as tuas orações, em auxílio a eles, surjam orvalhadas de lágrimas.

Entretanto, não permitas que a saudade se te faça desespero. Recorda-os, efetuando por eles, o bem que desejariam fazer.

Imagina-lhes as mãos dentro das tuas e oferece algum apoio aos necessitados;

 Lembra-lhes a presença amiga e visita um doente, qual se lhes estivesses atendendo à determinada solicitação:

Distribui sorrisos e palavras de amor com os irmãos algemados às rudes provas, como se os visses falando por teus lábios e atravessarás os dias de tristeza ou de angústia com a luz da esperança no coração, caminhando, em rumo certo, para o reencontro feliz com todos eles, nas bênçãos de Jesus, em plena imortalidade. EMMANUEL (Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier)”.