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Publicado: Quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Safra 2011/2012, Inflação, Varejo, Crédito & Muito

A intenção de plantio de grãos para a safra 2011/2012 prevê que a produção nacional deve ficar entre 157,007 e 160,587 milhões de toneladas, dentro do intervalo de – 3,7 e – 1,5%. Na safra passada, foram colhidas 162,955 milhões de toneladas de produtos.  Segundo a Conab, a estimativa da produção vai depender dos fatores que interferem na produtividade, sendo o clima e o pacote tecnológico os que mais influenciam. No decorrer dos levantamentos, os dados serão consolidados, à medida que estes fatores vão perdendo a interferência.

Já a previsão de área deve ficar entre 50,431 e 51,358 milhões de hectares, com o intervalo de 1 e 2,9%.  A safra anterior registrou uma área de cultivo de 49,919 milhões de hectares. O aumento está relacionado ao milho 1ª safra, que deve ter um crescimento entre 4,2 e 7,2%, e à soja, para a qual prevê-se um incremento entre 2 e 3,5%.

Entre as culturas com estimativa de redução de área estão o arroz, que deve perder entre 2,7 e 0,6% o espaço cultivado na safra anterior, quando chegou a 2,820 milhões de hectares, além  do feijão 1ª safra, que deve ficar entre 8 e 5% da área de 1,420 milhão de hectares do último ciclo. Por estar ainda distante o período de semeadura para as culturas de 2ª e 3ª safras, os estudos da intenção de plantio não foram realizados, mantendo-se a área cultivada na safra anterior.

De acordo com relatório Focus, a projeção para o IPCA deste ano ficou estável em 6,52%, enquanto que as expectativas para 2012 seguiram sua trajetória de alta, subindo de 5,53% para 5,59%. As expectativas de crescimento do PIB de 2011 e 2012 ficaram praticamente inalteradas em 3,50% e 3,70%, respectivamente. As projeções para a taxa de câmbio, por sua vez, mostraram elevação de R$/US$ 1,73 para R$/US$ 1,75 para o final de 2011 e de R$/US$ 1,70 para R$/US$ 1,75, para o final de 2012. Por fim, as expectativas para a taxa Selic em 2011 e 2012 foram mantidas em 11,00% e 10,50%.

De acordo com o Serasa, a demanda do consumidor por crédito recuou em setembro e o número de pessoas que procurou por crédito em setembro voltou a recuar e apresentou queda de 10,7%.

O índice de preços ao consumidor subiu 0,23% na primeira quadrissemana de outubro, ante alta de 0,25% registrada no fechamento de setembro, segundo divulgado pela Fipe, surpreendendo para baixo, já que as expectativas estavam em 0,28%. 

De acordo com o IBGE, o comércio varejista do país apresentou variação de -0,4% para o volume de vendas e 0,3% para a receita nominal, na relação mês/mês anterior com ajuste sazonal, indicando uma desaceleração no setor, com o segundo resultado negativo do ano (o primeiro foi em abril) resultando na interrupção de um trimestre de crescimento em volume de vendas e a menor taxa positiva de receita nominal registrada em 2011.

Apenas duas das dez atividades que compõem o varejo tiveram variações positivas: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação com 7,3% e Livros, jornais, revistas e papelaria com 1,6%. As demais atividades apresentaram variações negativas as quais estão listadas a seguir pela ordem decrescente de magnitude das taxas:Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%); Combustíveis e lubrificantes (-0,1%);Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,1%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,3%); Móveis e eletrodomésticos (-0,4%); Material de construção (-2,0%); Tecidos, vestuário e calçados (-2,8%); Veículos e motos, partes e peças (-4,6%).

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