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Publicado: Quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Sabor das Amoras

Sabor das Amoras

Há muito tempo, ouvi esta historinha: No Oriente um monge muito piedoso, após muitos anos de meditação, resolveu sair do mosteiro para ver como estava o mundo.

Caminhava lentamente quando percebeu passos que o seguiam. Ao voltar-se, viu um tigre. Parou. O tigre também parou. Voltou a caminhar, apressando o passo e ele também. Já estava a correr quando se deparou com um precipício que o impedia de continuar. À beira do abismo havia um arvoredo e ele apressadamente, galgou a primeira árvore, e sentiu-se a salvo do tigre.

Respirou aliviado  e, ainda ofegante, ouviu um rumor do alto e pelo seu azar, deparou-se com outro tigre, acomodado em outro galho, a observá-lo.

Pânico!  Se procurasse descer, cairia nas garras do perseguidor, se ficasse, corria o risco de ser atacado pelo outro.

Que fazer? Permaneceu imóvel. Foi quando sentiu que chegava até ele um delicioso aroma de amoras. Então pensou: nada posso fazer, vou ficar aqui e como não posso subir ou descer, vou aproveitar e desfrutar deste aroma.

Escrevo esta historinha muito antiga, talvez já bem conhecida por todos, para aplicar na nossa vida.

O primeiro tigre quer dizer  o passado que  sempre nos persegue.

O segundo tigre  é o futuro, do qual não podemos fugir.

E as amoras? Simboliza a  nossa esperança.

Que fazer com o primeiro tigre? O passado deve ser entregue nas mãos de Deus com o nosso arrependimento (se, for o caso).

O segundo tigre é o futuro; ser confiante levando uma vida digna,  honesta e alegre (apesar dos percalços da vida).

Mais uma vez perguntamos: e as amoras?

As amoras são o presente e o seu sabor serão mais intensos se nos imbuirmos de ternura  e, sem medo, transformar o nosso coração  invadindo com doçura os que se aproximarem de nós para que possam sentir o delicioso sabor da amoras.

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