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Publicado: Sábado, 20 de dezembro de 2008

Reflexão Dominical

 

O Dia do SIM 
No Quarto Domingo do Advento, neste Ano B da liturgia, que teve seu início no final de novembro, comparece o evangelista Lucas para narrar o anúncio do anjo à Maria. São os versículos de 26 a 38, do capítulo 1º.
 
Eis o texto, na íntegra:
 
““ Naquele tempo, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da virgem era Maria.
 
 O anjo entrou onde ela estava e disse:
 
“Alegra-te cheia de graça, o Senhor está contigo.”
 
 Maria ficou perturbada com essas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse-lhe:
 
“Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”.
 
Maria perguntou ao anjo:
 
“ Como acontecerá isso se eu não conheço homem algum?”
 
O anjo respondeu:
 
“O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, porque para Deus nada é impossível”.
Maria, então, disse:
 
“Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra!”
E o anjo retirou-se. ””
 
Uma passagem das mais conhecidas dos santos evangelhos.
 
É bom notar que o anjo Gabriel não veio com nenhum convite impositivo e tão somente se limitou a mostrar à Maria que os empecilhos que ela expusera estavam todos resolvidos, até porque “encontrara graça diante de Deus”.
 
Uma vez dissipadas as preocupações da jovem, ela de sua vez, deu a resposta positiva, não só da aceitação dos desígnios divinos como sua inteira sujeição à vontade superior do seu Senhor e Deus.
 
O “sim” de Maria, portanto, deu ensejo a que o mundo fosse dividido em duas grandes épocas – antes e depois de Cristo – uma linha divisória dos tempos e dos costumes, através da qual a humanidade assegurou-se da possibilidade de salvação.
 
Há razões de sobejo, por conseguinte, para que os povos sintam uma aura nova no tempo de Natal, como se a todo ano, em dezembro, as graças da vinda de Jesus ao mundo fossem senão renovadas propriamente, pelo menos lembradas e asseguradas aos desavisados e esquecidos.
 
Volte o Natal de todos nós a ser uma comemoração eminentemente sagrada, com as cores e a reverência do Natal de antanho.
 
De rara felicidade, portanto, neste ocaso do ano de 2008, a deliberação da Diocese de Jundiaí, de retomar a sadia tradição da Missa do Galo, aquela missa solene da meia noite.
 
Curvem-se todos diante da singeleza do Deus Menino nascido na manjedoura, que veio para redimir o mundo.

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