" Abre-te! "
Seis de Setembro.
23º Domingo Comum.
Evangelho de São Marcos.
Versículos de 31 a 37, do Capítulo 7.
“Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galiléia, atravessando a região da Decápole.
Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão.
Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão; em seguida colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e, com a saliva, tocou a língua dele.
Olhando para o céu, suspirou e disse:
“Efatá!”, que quer dizer, “abre-te”.
Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade.
Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas quanto mais ele recomendava, mais eles duvidavam:
“Ele tem feito bem todas as coisas; aos surdos faz ouvir e aos mudos falar”.
Uma das facetas do procedimento de Jesus, é a de revestir seus prodígios de não apenas palavras, mas também de gestos e sinais.
Pura didática; inteligente eficaz.
É claro que toda palavra ou enunciado traduzem o conhecido e prático recurso do ser humano para se comunicar.
Jesus, propositadamente, aduz aos vocábulos acenos e movimentos, ilustrativos sempre.
Não bastaria, no evento deste surdo ao qual se lhe devolve a audição, simplesmente Jesus pensar de si para consigo e curá-lo? Era surdo e quase mudo. Mal articulava seus dizeres.
Pois é. Sinalizou com tocar ouvidos e boca, para imprimir na mente do povo seus poderes.
O povo se maravilhava e, nem por causa da recomendação de que se calasse, mais ainda ele espalhava as curadas operadas.
Teria Jesus, então, no tocante a milagres, assinalado os tempos com fases divisórias e distintas, as de sua época favorecidas com a visão dos prodígios e as posteriores, só com o relato deles?
Nos tempos de hoje, há possibilidade de que dos céus venham poderes e autorização para fatos sobrenaturais?
Questão de fé.
Ao ligado e atento a Deus, malgrado a balbúrdia do mundo - a este há de se mostrar hoje ainda – e sempre – que Jesus opera milagres.
Aos desatentos, quem poderá dizer? Poucas chances.
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O que consola – e falto alto da misericórdia divina – é que os atentos prosperam na graça e, os distraídos e desavisados, estão convidados a se integrar aos bons, a toda hora.
Se estes o fizerem, ainda por cima provocam festa nos céus.