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Publicado: Sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Quem somos, afinal?

Quem somos, afinal?

Horário de verão, alegria de uns e uma lástima para outros, bem assim ao sabor da liberdade de gostos e preferências de cada pessoa.

O fato é que a vida não para.

Passados os primeiros dias dessa intromissão nos relógios com que, adiantados de uma hora, se imagina enganar a natureza sábia, tudo recai na mais modorrenta rotina. No mais, reconheça-se como expediente à mão para se poupar energia, agora artigo de luxo, assolado que está o país por uma seca, a piorar de ano para ano.

O desmatamento, além da emissão de gases e resíduos danosos à saúde a inundar os ares, revelam em síntese que o homem é um destruidor daquilo tudo que lhe indispensável a uma saúde regular.

Até o antes imponderável vem acontecendo, aquele desmoronar gradativo das geleiras outrora petrificadas, extremos naturais de controle e harmonia nas temperaturas. Talvez, em futuro não distante, crianças e jovens de hoje só poderão ver esses espetáculos através de filmes e fotos.

Nações mais ricas as que mais enodoam o ar e se negam a parar.

Contra força não há resistência, já se gritara desta coluna, como em relação  ao bloco petrificado dos maus políticos que, vorazes não se contentam de pilhar menos do erário. Se não forem alguns milhões, não se contentam. E querem mais, muito mais. Aparecesse um iluminado nesse meio, seria como pregar no deserto, vencido pela surdez oportuna dos que assaltam os cofres públicos.

O próprio impasse entre se buscar o impeachment  e banir o presidente da Câmara, serve de junção a esses dois interesses. É não ativar nenhum dos dois lados, senão um se torna forçosamente consequência do outro. É tentar manter tudo como está. Força monolítica, a do conluio corrompido.

Futuramente, nas escolas, se há de falar com naturalidade sobre o “bicho-homem”, uma criatura pensante mas que, apesar disso, procedia de modo irregular e animalesco. Se um interessado ou cientista avançar nessas ideias talvez acabe por demonstrar que dos bichos - os animais - eles no fundo movidos somente pelo instinto, estariam a viver de modo mais coordenado.

Quem somos, afinal?

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