Colunistas

Publicado: Segunda-feira, 10 de maio de 2010

PAZ

Sexto Domingo da Páscoa.

Nove de Maio, 2010.

Evangelista João com a palavra.

Versículos de 23 a 29.

Capítulo 14.

*    *    *    *    *

“”  Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:

“Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. Mas o defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito. Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. Ouvistes o que eu vos disse: ´Vou, mas voltarei a vós´. Se me amasseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. Disse-vos isto agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis”.  “”

 *   *    *    *    *

Sempre no estilo aqui adotado, o de se enunciar apenas pistas e veios que porventura ajudem os leitores a refletir e beber da fonte generosa dos evangelhos, por isso de frases e recados curtos, dir-se-ia nesta sexta semana do tempo da Páscoa, que uma vez mais Jesus insiste em proclamar as excelências da paz.

Adverte contudo que a paz que almeja e oferece – a verdadeira, pois vem dele – não elimina momentos difíceis nem promete maravilhas. Fundamenta-se principalmente no que possa costumeiramente se chamar de paz de espírito.

Paz de espírito.

Estar com Deus e haurir nele controle emocional, fruto da meditação, para os embates da vida, nem sempre fáceis ou pequenos. Cabeça confiante nele e assim preparada.

Aí sim se dirá que a paz seja completa.

Claro. Se o distúrbio se apresenta e ocorre quase sempre de inopino, encontra você pronto e preparado e não o abala a ponto de perder-se. Domina a situação, sem revolta e assim se controla, ou seja, você terá aprendido a paz dos momentos alegres e a mantença da mesma paz, quando o imprevisto surge. Iisto é, paz sempre. Duradoura. Serenidade, advinda da crença e confiança em Deus.

No trecho, surge aqui também bem claro o mistério da Trindade, que mesmo assim é trina e una um tempo só. Fora do alcance sua compreensão para meros mortais, mas inoculada com alegria no dom da fé de cada um.  

Comentários