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Publicado: Sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Para pensar e... muito

Setembro chegou. O ano de 2010 vai célere ao seu final. É logo ali.

Liturgia do 23º Domingo Comum, Ano “C”, de Lucas.

Ele assim se expressa (14, 25-33):

*   *   *   *   *

“” Naquele tempo, grandes multidões acompanhavam Jesus.

Voltando-se, ele lhes disse:

“Se alguém vem a mim, mas não se desapega do seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim não pode ser meu discípulo. Com efeito, qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar, E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: “Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!” Ou ainda, qual o rei que, ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro, que marcha contra ele com vinte mil? Se ele vê que não pode,  enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. Do mesmo modo, portanto, qualquer de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo”!  “”

*   *   *   *   *

Taxativo e sem meias palavras, Jesus exemplifica quais as condições para que alguém lhe siga os passos, seja discípulo seu.  Por isso mesmo não esconde também que para isso se enfrentarão dificuldades, porque essa caminhada tem percursos que serão obrigatoriamente cumpridos com o peso de uma cruz às costas, ou seja, as dificuldades inerentes a qualquer vida.

A decisão – a escolha por seguir o Mestre – implica numa tomada séria de posição, a exigir realmente que todos os passos sejam bem pensados e refletidos. Não se caminha a esmo na sua trilha.

A própria força de expressão – a do abandono de familiares e entes queridos – vai diretamente ao significado de opção absoluta, total e completa a Jesus Cristo.

Esse rigor se compreende.

Justamente na condição de discípulo de Jesus, ou seja, preenchidos todos os requisitos para essa missão sublime, o fiel se torna efetivamente um evangelizador.

Evangelizar, se aqui se deseja falar francamente, é anunciar o nome de Jesus. E só se credencia a divulgar a boa nova do seu nome quem antes tenha aninhado o Mestre no seu próprio coração.

De um modo geral se anda tão longe do que seja “evangelizar” que até textos divulgados, embora de intenção boa, confundem essa missão com aquilo que seja apenas catequese. O ensino da reglião – catequese – é algo que vem depois.

Por primeiro, que se fale sobre Jesus.

A inversão das fases – a da catequese sem a prévia evangelização – torna aquela inócua pela própria inexistência desta.

É para pensar. Pensar bem.

                                                                                              João Paulo

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