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Publicado: Segunda-feira, 5 de julho de 2010

O rapto da luz

Algo aconteceu naquele intervalo de jogo entre Brasil X Holanda que parece ter mudado completamente o destino da partida. Inicialmente pensei numa possível interferência emocional gerada pelo estado e comportamento visivelmente alterado, nervoso e destemperado do treinador da equipe, desde o final do primeiro tempo. Mas o que estava escrito no céu era mesmo o decreto do fim da Era Dunga. A mediocridade não pode prevalecer à genialidade, pelo menos por tanto tempo.

Parece que ali, naquele lapso de tempo, houve um rapto da luz, de todos brasileiros que estavam encantados com a leveza, ritmo e dança de alguns bailarinos do futebol brasileiro, que após o fatídico intervalo, parece ter sido ofuscado por algum eclipse: Dunga!

Não sei o que ocorreu naquele intervalo, seja lá o que for, tem um nome: - Dunga!

Eureka! É isso o que ocorreu: - Dunga! Deu dunga neles.

Dunga deixa de ser um nome, uma pessoa, e passa a entrar definitivamente para a história como um adjetivo. Deu dunga neles (o minúsculo é proposital, pois deixa de ser um nome próprio, um apelido, para ser adjetivo). Mas adjetivo do que? Sei lá! Talvez daquilo que não aconteceu, e não se sabe por que. Mas que deu naquilo que todo mundo viu: - a maior dunga!

Após o jogo, uma repórter do “Jornal Extra” me procurou e perguntou de modo direto: o que que aconteceu no intervalo do jogo? A Lua virou, tinha alguma coisa no céu?
Então fui procurar um motivo para entender, que dunga foi aquela. E Eureka, ao menos alguns vestígios encontrei!

Procurei as possíveis relações entre as posições planetárias no céu daquele momento e o que aconteceu, e confesso que fiquei bastante intrigado, pelas coincidências com a mudança de estado e tudo o mais que sucedeu.

Algumas coincidências, por serem significativas, podem ser tratadas como “Sincronicidade”, geradas pela Astrologia pela exatidão de datas, às vezes até mesmo com a precisão de minutos, como foi o caso do grau do ascendente do intervalo do jogo – (3 de Capricórnio) que alcançou e ativou o grau exato da Lua em conjunção Plutão no dia do Eclipse Lunar! Com o requinte do detalhe - no mapa do Brasil, esse grau é onde se encontra Urano - conjunto a Netuno - na casa onze - dos grupos, equipes, e das metas futuras a serem alcançadas. E justamente esse período do ingresso solar em Câncer, que para o Brasil é regido pela Lua. E Lua é o povo. Deriva daí a analogia entre o eclipse da Lua o imenso vazio de alegria que ecoou pelas praças públicas lotadas de gente país afora. Conclusão: é tempo de inconsistência, de imprevisibilidade, de coisas saindo da esfera do controle, do auto-controle, de fatos que nos afetam, independente de nossa contribuição direta para aquilo ou não, tal é o simbolismo daquele momento, eclipsando o céu do Brasil e do sonho futuro do Hexa-Campeonato...

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