O que é Black Friday?
Assim como o Brasil segue a tendência dos EUA, no ano passado tentou-se um Black Friday furado, pois como a maioria dos brasileiros sempre gosta de tirar vantagem de tudo, simplesmente dias antes do Black Friday, aumentou-se o preço dos produtos e no fatídico dia, voltaram ao preço normal. Por exemplo, na quarta estou vendendo um televisor por R$ 2.000,00 (dois mil reais), sendo que na verdade o preço normal deste aparelho é R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais). No Black Friday, lançaram propaganda de oferta deste aparelho sendo vendido pelo preço normal, ou seja, com desconto que na verdade não existe.
O termo Black Friday é um termo criado pelo varejo nos Estados Unidos para nomear ação de vendas anual, que acontece sempre na última sexta-feira de novembro após o feriado de Ação de Graças.
A promessa de grandes promoções é o principal atrativo da Black Friday, marcada para a próxima sexta-feira (29/11).
O Procon de São Paulo, no sentido de evitar aborrecimentos orienta o consumidor a primeiro apurar a real necessidade da compra do produto ou serviço e passa ao consumidor as seguintes dicas:
“- verifique os preços cobrados antes do dia marcado para o evento. Isso pode ser feito por meio dos sites das empresas que participarão da Black Friday e de outros fornecedores, inclusive na data da liquidação. Assim, evita-se o risco de cair na armadilha de promoções que não são tão vantajosas como o anunciado;
- é importante ler a política de privacidade da loja virtual para saber quais compromissos ela assume quanto ao armazenamento e manipulação de seus dados;
- veja a descrição do produto, compare-o com outras marcas e certifique-se de que ele supre suas necessidades;
- imprima e/ou salve todos os documentos (telas) que demonstrem a compra e confirmação do pedido (comprovante de pagamento, contrato, anúncios, etc.).”
Vale ressaltar ainda que as compras pela Internet apesar de rápidas, em alguns casos são perigosas, por exemplo, faça compras somente em sites seguros, verifique a identificação da loja, se dispõe de CNPJ e endereço, além de canais para reclamação. Evite os sites que só dispõe de um número de celular e de preferência para fornecedores que amigos ou familiares já tenham comprado e não tiveram problemas.
Também é interessante ter em seu computador um antivírus e um sistema que impede a transmissão ou recepção de acessos nocivos ou não autorizados e nunca realize transações desse tipo em locais de acesso público de computadores, como lanhouses.
Os Direitos do Consumidor continuam os mesmos para este tipo de compra. Vale ressaltar ainda que o Procon dispõe de uma lista de sites não recomendados, a qual pode ser visto através do seguinte link:
http://www.procon.sp.gov.br/pdf/acs_sitenaorecomendados.pdf
O Procon ainda dispõe da seguinte ferramenta caso se depare com preços iguais aos praticados dias antes do Black Friday, ou mudança de preço na hora da finalização da compra feita pela internet. O Procon pede para que denuncie em suas redes sociais. No Twitter (@proconspoficial) use a “hashtag” #deolhonaBlackFriday envie o print da página com o problema. O mesmo procedimento pode ser feito no Facebook (www.facebook.com/proconsp). Todos os casos serão analisados pela Diretoria de Fiscalização do Procon-SP para possível abertura de processo administrativo quando houver indício de lesão aos direitos dos consumidores.
E mais: “Consumidores residentes no Estado de São Paulo que venham a enfrentar algum problema durante a Black Friday realizada pelas empresas que atuam no comércio eletrônico e que não consigam resolver esse problema pelos canais de atendimento por elas disponibilizados podem encaminhar o caso ao atendimento eletrônico no site do Procon, que permanecerá aberto durante o período de duração da ação promocional.”
Vamos fazer valer desta vez o Black Friday, os consumidores tem direitos e merecem que estes sejam respeitados, só depende de cada um de nós.