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Publicado: Quarta-feira, 13 de abril de 2011

O novo Partido

Crédito: Internet O novo Partido
Melhor muitos do que um só, mas que faça diferente

Vem aí mais um novo partido político brasileiro. Trata-se agora do Partido Social Democrático (PSD). Dou ênfase ao “mais um” da frase inicial. De acordo com o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) há 27 partidos políticos registrados e em atividade no país.

A iniciativa da criação é do prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab. Ele está no DEM, mas anda em busca de maior independência política. Ele e muitos outros políticos querem fazer parte da nova sigla, que foi fundada recentemente na Câmara Federal e espera abrigar entre 40 e 50 deputados logo de início.

Não vou entrar nas minúcias do que é necessário para fundar um novo partido. Mas uma das exigências são milhões de “fichas de apoiamento” ao PSD que estão espalhadas por todo o Brasil. Precisam da assinatura e do número do título de eleitor de pessoas que apóiem a criação do partido.

Em verdade, o PSD já existiu entre 1945 e 1965. Seu líder mais eminente foi Juscelino Kubitschek. E no Brasil as pessoas dão tão pouco valor aos partidos, que muitos nem se lembram que eles existem. Aqui o referencial é sempre a pessoa do político ou do candidato. Mesmo assim, ter partidos faz parte do jogo e da legislação eleitoral.

Assinei a ficha de apoiamento. Ela significa que apóio a criação de um novo partido, mas não me obriga a estar filiado ao mesmo. Em princípio sou a favor de que as lideranças políticas tenham a liberdade de se juntarem em novas siglas, de acordo com os projetos que têm para si mesmos e para a nação. Trata-se de um direito que a democracia concede, bem melhor que o esquema de “partido único” tão comum às ditaduras.

Oxalá este novo partido, assim como outros que possam surgir no futuro, possa realmente pensar um projeto político que venha a beneficiar o povo e não apenas beneficiar-se dos acordos e verbas eleitorais. Sinceramente falando: de partidos estamos cheios. Queremos mesmo é um “de verdade” e que faça a diferença no insosso caldeirão político nacional.

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