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Publicado: Terça-feira, 19 de julho de 2011

O capítulo 13 de Mateus

 

 

Ocorrência incomum,  apresenta-se o mês de julho deste ano, 2011, com cinco domingos. À exceção do primeiro, no dia 3 e do último, a 31, a liturgia conserva os demais para trazer na íntegra o capítulo 13 de Mateus, evangelista do Ano “A”.

Um capítulo eminentemente didático e bem ao estilo do Novo Testamento, por reproduzir repetidamente os mesmos conceitos. Revela o comunicador por excelência que foi Jesus, ao legar ao mundo uma doutrina que atravessa os séculos. Um conteúdo de parábolas, como recurso utilizado pelo Mestre para trazer mesmo ao mais simples dos mortais a compreensão e o entendimento de sua mensagem, palavras enfim de vida eterna.

Com o fim precípuo de salientar que o anúncio da boa nova é pleno e amplo, insiste Jesus em mostrar que a humanidade sempre se constituiu e assim certamente será até o final dos tempos, de pessoas e fiéis de todas as características. O ensinamento é endereçado a todos, sem contudo fazer imposições, forçar ou invadir a escolha do ser humano, dono que é do livre arbítrio.

As mensagens das parábolas, muito semelhantes entre si, do capítulo 13 de Mateus, propiciam enfim, - repita-se, - meio seguro de que todos ouçam as verdades e que se sintam – os que não ofereçam resistência, - capazes de surgirem como terra boa e ponham a salvo a mais preciosa das joias, a da salvação eterna, conquistada através de uma vida serena aqui na terra, a despeito de toda e qualquer vicissitude.

Note-se. Preste-se toda a atenção, a esta frase dita e repetida por Jesus: Quem tem ouvidos, ouça.

Quer dizer: somente não o segue quem não quer.

Especificamente, para este domingo pois, dia 17, a liturgia propõe duas alternativas referentemente ao estudo do capítulo 13: que seja seguido dos versículos 24 a 43 ou de trecho menor, do 24 ao 30.

Para ficar por ora com a proposta mais breve – no fundo o tema ressaltado é sempre o da semeadura e sobre a qualidade das sementes em função do tipo de chão onde sejam plantadas – Jesus faz a distinção do plantio do trigo pelo agricultor, bem intencionado, mas cuja safra o inimigo tenta prejudicar por inserir nela o joio sempre nocivo. Os empregados se surpreendem com essa maldade e perguntam se deveriam cortar logo a planta daninha. O dono da plantação recomenda que primeiramente se deixe tudo crescer, quando uma e outra planta ficam bem distintas, para somente então se extirpar o joio.

Comparação clara com o destino que cada homem escolhe, por si e livremente. Tem-se à mão ouvir os ensinamentos dos evangelhos e pautar sua conduta como fiel à Igreja e a Deus Nosso Senhor, pela opção de fazer-se seguidor firme e decidido da boa nova trazida por Jesus.

Na mesma linha e sistema então de ilustração por meio de parábolas, vão os fiéis na semana vindoura, dia 24, ficar com os derradeiros versículos do capítulo 13, os do número 44 e seguintes.  

A primorosa abordagem de como seria, em várias comparações, figurativamente o Reino dos Céus.

                                                                                  João Paulo

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