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Publicado: Segunda-feira, 2 de julho de 2012

Nossa poupança para a eternidade

Apesar das advertências do Evangelho, continuamos alimentando nossas tendências tanto ao consumismo como ao acúmulo de bens. Esquecemos, tantas vezes, que estamos aqui de passagem, somos peregrinos rumo à pátria definitiva, o convívio do céu. É desejo de Deus que aqui sejamos felizes, cuidando e usufruindo racionalmente dos bens que Ele mesmo criou para nós. Mas, atenção... apenas o necessário! Além disso, torna-se fardo morto a ser carregado.

Se estamos cuidando bem das poupanças terrestres, como estão as nossas poupanças espirituais? Não sabemos quando, mas é certo que vamos precisar delas. Por isso o Evangelho aconselha a não acumular “tesouros” na terra... Na verdade tudo ficará aqui ou aqui será consumido. Devemos ajuntar “tesouros” que não perecem e que têm sentido para a vida eterna: os frutos do amor vivido e praticado no convívio cristão com nossos irmãos. As boas obras, de amor e de misericórdia, serão as únicas a comporem nossa bagagem, o passaporte para o Pai.

Afinal, “onde está o nosso tesouro, lá também está nosso coração.” (Mt 6, 21)

Não devemos nos ocupar só do corpo, “alimentado gulosamente” com o ter, poder, fama e prazer, porque tudo isso vai morrer com ele. Ocupemo-nos também - e principalmente - com a nossa alma que é eterna.

Precisamos ajuntar tesouros que serão apresentados a Deus, como nossa folha de serviço aos irmãos. Não vamos chegar lá de “mãos vazias”...

Precisamos de ajuda, para o corpo e para a alma. Precisamos abrir-nos aos outros, porque eles também precisam de nós, da nossa solidariedade.

Fazer aquilo que está ao nosso alcance. “Quem possuir bens deste mundo e vir o seu irmão sofrer necessidade, mas lhe fechar o seu coração, como pode estar nele o amor de Deus?”(1Jo 3,17)

Portanto, se não nos incluímos entre aqueles que pensam que suas vidas terminarão aqui, como simples animais, é tempo de pensarmos na eternidade.

Como serei lembrado depois de morto? Como um homem bom? Como um homem que praticou o bem, que marcou a vida das pessoas com suas virtudes? Deixarei saudades, lembranças boas? Ou será que serei esquecido? Ou lembrado por tudo aquilo que podia ter feito e não fiz?

Ajudei alguém a ser pelo menos um pouco mais feliz?

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