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Publicado: Segunda-feira, 24 de março de 2014

Nêgo e Cão Sentado

Uma breve visita a Nova Friburgo, Rio. Desde quinta, 21.

Ao que se recorda, se engano não houver, corria o mês de janeiro. 2011. Os moradores acordaram na manhâ de 11 para 12, com um sinistro sem precedentes, de que resultou a morte de mais de 400 moradores das encostas e até de locais mais planos, eis que as águas e a lama a tudo arrastaram. A televisão mostrou tudo na época.

Embora todos os reparos tenham sido concluídos, a cidade de modo geral está devolvida praticamente à normalidade e, justamente por aí, a mostrar as excelências da natureza que a envolve.

Com o retorno previsto para amanhâ à tarde, 25, encerra-se uma visita ligeira e mesmo assim com excepcioinal aproveitamento.

Embora a recordação daqueles dias fatais pertençam ao passado, tampouco seus moradores se negam a contar algo dele e orgulham-se até de que até certo ponto tudo agora esteja normalizado.

Pois bem.

Como a crônica sai do prelo até um tanto atrasada, que fique o relato assaz ligeiro quanto a convidar todos que já conheciam Nova Friburgo retornem para cá. O tempo esteve bom demais. Alguns chuviscos esparsos e sol ameno, um começo pois da saída da canícula que neste ano foi insuportável.

Dois destaques em termos de visitação a locais interessantes:

Primeiro, o conhecido, por aqui ao menos, do chamado  "Jardim do Nêgo". Isso mesmo, com acento circunflexo! Trata-se de um cidadão dos seus 60/65 anos presumíveis, circunscrito há muitos anos a um pequeno pedaço de terra, montanhoso como tudo por aqui. Escultor em madeira, com uma infinidade de obras, muitas vendidas a estrangeiros, passou a esculturas de tamanho descomunal em argila e expostas ao tempo. Interessantíssimas as figuras de sua rica e surpreendente inspiração.

Em segundo lugar, algo que fora sugerido como experiência e assim mesmo facultativa, a escalada ao morro do "Cão sentado". Dita trilha, como de média dificuldade, representou entanto uma subida por vielas de pedra, estreitas e íngremes, a que os mais espertos e ligeiros vencem em cerca de 40 minutos na média. Aos sem prática, idosos ou fora de forma, foi extremamente difícul cumprir a longa escala. E aconteceu bem isso mesmo, uma vez dentro dela, pior seria desistir. Sempre a se ignorar se se estava perto do fim ou não. Os guias não diziam nada. Sorriam e incentivavam pela continuidade na aventura.  No topo, a imagem em pedra a sobrepor montanha altíssima, no formado e desento perfeito e irretocável de um cão sentado.

Foi tamnha a emoção de ter calgado tamanha barreira sob o peso da idade, que, de lá de cidade, o colunista virou para todos os lados a gritar bem alto o nome dos cinco filhos e berrar: seu pai conseguiu! Tudo debaixo da mais pura emoção e... pertinho do céu, claro.

Gente foram neste pouco tempo muitas as maravilhas.

A matéria da semana vai bem resumida, aproveitado uma hora liberada para a compra das mulheres, aqui, num bairro chamado da Ponte, em que predomina o comércio de moda íntima.

Evidente que muito mais se teria a comentar, além da gastronomia farta para agrado geral.

Nesse meio tempo, cumpriu-se a feitura da crônica semanal.

Seguem todos amanhã para Petrópolis.
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