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Publicado: Segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Natal, advento de um novo tempo!

Falar do Natal pode parecer repetitivo, mas é sempre necessário porque é urgente falar de Cristo, infelizmente ainda desconhecido de muitos. Além disso, poucos o aceitam e o seguem verdadeiramente.

O Natal é a festa magna do cristianismo. Queiram ou não, Jesus Cristo marcou o mundo de modo indelével. Impossível imaginarmos a história humana, sobretudo do povo de Deus, sem a sua vinda. Não só trouxe o Céu para a terra, como reconstruiu o Caminho que nos conduz à vida eterna ao lado do Pai. O Mistério da Encarnação deveria ser suficiente para entendermos definitivamente o Amor de Deus por nós. Doa o próprio filho para pessoalmente realizar a nossa salvação. Sobretudo, deveria ser suficiente para aceitarmos esse Amor, o colocarmos em nossa vida e em nossa sociedade.

Infelizmente, o Natal não é entendido assim. Está sendo transformado em mais uma festa pagã, materializada como tantas, embalada pelo consumo, pelos enfeites e presentes... O verdadeiro motivo de sua existência está cada dia mais desconhecido; sua celebração esvazia-se do seu sentido espiritual. Cristo vem perdendo espaço para o papai noel, nos shoppings como também no próprio espaço familiar.

É intensa a preparação para esperar o Natal, mas pouco se faz para esperar o Cristo que mais uma vez vai acabar nascendo à margem da vida humana. É verdade que Ele já está no meio de nós, mas quer habitar nosso coração, quer fazer parte da nossa vida. Por isso o tempo de Natal ganha, a cada ano, a atenção da Igreja na esperança de que ele seja um tempo de conscientização, de renovação; do início de um novo tempo, de uma nova sociedade. Um tempo de revisão de vida, de mudanças...

Sem pregar o pessimismo, não se pode ignorar que vivemos numa sociedade doente, carente, descuidada dos verdadeiros valores. Aqui falta justiça, paz, alegria... Sabemos muito bem que as mudanças necessárias em nossa própria vida e na vida do mundo só são possíveis se contarmos com as mãos de Deus. O mundo está enfraquecido na fé e na esperança, está pobre de amor, porque está pobre de Deus.

O homem recusa a ajuda de Deus, prefere cuidar sozinho da sua salvação, ou melhor da sua vida. Contenta-se com o bem-estar terreno, mas e depois? O Natal não pode se transformar em uma festa qualquer, não é simplesmente alguém que nasce, mas o próprio Deus que se faz um de nós para se integrar definitivamente à humanidade.

O primeiro Natal marcou o mundo de modo significativo. Não podemos ver isso apenas como um fato histórico, passado, mas algo que se atualiza a cada ano. Já vivemos alguns natais e, se lembrarmos bem, veremos que foram sempre diferentes. É o mesmo Deus que vem ao nosso encontro, mas nunca somos os mesmos, nem nossas alegrias, tristezas, preocupações, nossos sonhos...

O verdadeiro Natal deve marcar nossa vida, fortalecer a nossa Fé, devolver nossas esperanças em dias melhores. Peçamos as graças necessárias para que, a exemplo de Belém, sejamos renovados por este Natal!

Cristo vem sobretudo para os humildes, pecadores. Natal significa redenção, salvação, mas deve significar mudança de vida; vida nova baseada no Amor de Deus, visto que o amor dos homens é muito limitado pelo egoísmo. Uma vida nova cheia de benevolência, solidariedade e generosidade. Somos todos responsáveis, ou melhor, a causa da vinda Daquele que traz a Paz e a Salvação para todos.

Encerramos com um trecho da melodia de Pe. Zezinho:

Tudo podia ser melhor se o Natal não fosse um dia
e se as mães fossem Maria
e se os pais fossem José
e se os filhos parecessem com Jesus de Nazaré...

Um Feliz e Santo Natal!

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