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Publicado: Sábado, 19 de novembro de 2016

Não acredito!

Crédito: disponível na net Não acredito!
Acredito, sim, no coração de um poeta...

 

Se não temos mais razão para acreditar no humano

Temos razão para acreditar no divino

Que vive, pulsa, ampara, afaga...

O coração de um poeta.

 

Não acredito!                              

Não!

Eu não acredito mais no humano

Não mais acredito!

Não acredito mais na bondade

Não mais acredito na gratidão

Não mais acredito nos tempos bons

Não acredito no passado

À medida que passo meu passado a limpo

Depois de tanto acreditar!

Não acredito no bem, nas boas intenções

Não acredito!

Amizade! Compreensão! Perdão!

Respeito! Aceitação! Sentimentos!

Bondade! Gratidão...!

Que palavras são essas?

De onde vieram, senão da hipocrisia humana...

Acreditei, juro...

Até ontem mesmo, acreditei!

Mas agora não mais...

Depois de anos de espera

Depois de anos de acreditar

Não mais acredito no humano

Neste humano que vive para o imediato

Neste humano que vive para suas quimeras

Neste humano, que, desumano

Vive para seus interesses...

Sem compreender o sentir

Sem compreender a poesia

Sem compreender a alegria...

Não, não mais acredito!

Não acredito em algo, ou alguém

Que vive para  “o que ganho com isso?”

Que vive para o lucro, as vantagens, o poder

Um poder mesquinho, burro, sem razão de ser...

Acredito, sim, acredito!

Acredito, e sempre acreditarei

No poder de um sorriso

No poder de um abraço

No poder de um encontro

No poder de ir ao encontro

No poder do divino

Enfim, no poder do amor infinito

Que vive, vibra, encanta a alma

E faz acreditar na existência de um coração

O coração de um poeta.

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