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Publicado: Quinta-feira, 2 de junho de 2011

Missão primária da Igreja

Festa da Ascensão do Senhor.

2011. 05 de Maio. Domingo.

Ano “A” de Mateus, que responde pois com o evangelho de hoje, colhido nos versículos de 16 a 20, do capítulo 28.

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“”  Naquele tempo, os onze discípulos foram para a Galiléia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado. Quando viram Jesus, prostraram-se diante dele. Ainda assim alguns duvidaram. Então, Jesus aproximou-se e falou:

“Toda autoridade me foi dada no céu sobre a terra. Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”.  “”

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Conquanto de poucas palavras, quanto ensinamento encerra o evangelho de hoje. Aquele momento solene de quando Jesus prepara sua despedida dos amigos fiéis, os onze. Despedida soa até como expressão inadequada, porque se era um fato que Jesus ascenderia aos céus diante do olhar de todos eles, acabava também de assegurar de novo que jamais os deixaria.

De outro lado fica o testemunho ao mundo cristão e à história enfim, religiosa ou não, de que Jesus realmente foi elevado aos céus, num glorioso ascender final. É de se quedar um pouco nesta consideração, do enlevo dos discípulos e talvez de um sentimento entre eles, a se assemelhar àquele de quando Jesus, Moisés e Elias conversaram entre si à vista dos apóstolos, algo em tudo a indicar, embora rapidamente, de como será da a placidez e o enlevo na vida eterna. Uma ligeira amostra dos céus, diga-se.

Jesus se refere, mais uma vez, à unidade trina, o mistério da Santíssima Trindade num só e único Deus. Dogma inefável de fé, que a limitação humana pode não compreender, mas filialmente e de joelhos aceita, vive e confia.

Que importância nas últimas palavras do Mestre, a de que os apóstolos, seus sucessores e todas as gerações estejam ciosos do mandamento da evangelização: fazer discípulos e batizá-los. Esta missão, porém, não muito bem compreendida, porque na Igreja como um todo, a maioria dos cristãos imagina talvez que com o batizar os filhos e comparecer aos templos nos dias de preceito, apenas com isso se encerre a vida do fiel.

As pessoas de um modo geral atuam na Igreja, com exceções raríssimas, como assistentes, que vêem de longe, meros expectadores, mas com pouco ou quase nenhum envolvimento.

Aceito Jesus no coração, constatada cada um de per si consigo mesmo se é de Jesus, tem por natural desdobramento extravasar essa alegria e contagiar o semelhante. Isto seria evangelizar. Com decisão e consciência, nunca com a preocupação de convencer alguém. Ao semelhante fica o livre arbítrio e, ao aderir ou não ao evangelho, jamais contudo irá duvidar de suas palavras, se elas saírem efetivamente do mais profundo do coração. O evangelizador sereno e consciente, transmite a fé em Jesus, independentemente de palavras doutas ou de recursos de oratória. O cristão sincero é inspirado pela ação divina e sua prédica sai espontânea e segura.

Evangelização. A maior necessidade da Igreja nos tempos de hoje.

A evangelização autêntica.

A verdadeira.

                                                                 João Paulo

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