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Publicado: Sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Meu baú de memorias

Meu baú de memórias

            Não vou lhes falar de Itu como a Roma Brasileira!

            Não vou falar dos seus filhos ilustres, nem de Padre Antonio Pacheco da Silva e Padre Bento Dias Pacheco, verdadeiros santos de suas épocas.

            Nem teria palavras para descrever pessoas queridas: Dr. Safi, Maria Luiza, Karen, Fay, Anna Carolina, Cordélia, Doadores da Alegria, Edson e Fátima, Capitão Cintra e mais e mais... .

            Meu pensamento voa para o tempo de estudante. Alguns iam para o Instituto Borges de Artes e Ofício se profissionalizar. As famílias de mais posse colocavam seus filhos no Colégio do Patrocínio e, a grande maioria, ia para o majestoso Instituto de Educação Regente Feijó.

            Mas o colégio está em silêncio!

            Procuro em vão! Onde está o Professor João dos Santos Bispo? Não o vejo! Quanta saudade de seus passos lentos, sua estatura pequena: um gentleman da Educação!

            Sinto falta do Professor e Diácono João Antonio Motta Navarro, do meu Patrono Zito Navarro, Nenita Navarro, Ednan Mariano Leme da Costa, Ismael Nunes, Monsenhor Camilo Ferrarini...

            Em seis meses, tivemos três perdas muito dolorosas: “Partiram fora do combinado”, Reginaldo Croco, João Gonçales e Antonio Guarnieri. Saudade!

            Como não destacar a Dra. Maria Lúcia Dias Caselli, formada em Direito pela

Faculdade São Francisco.  Sonho um dia ser como ela. Pura pretensão. Ela é modelo de inteligência! Uma dama da sociedade.

            E o que falar da Professora Maria Ângela Pimentel Mangeon Elias que os tantos anos de labuta e trabalho não lhes tiram a vaidade de calçar seus saltos altos e, nem tampouco de usar roupas elegantes e impecáveis. “A Senhora da Educação”. 

            Lá longe ouço a voz suave e doce da Professora Maria Célia Brunello Bombana, que com mãos de fada vai construindo uma catedral de painéis em azulejos. Verdadeiras obras de arte.

            Mas, a minha alma traz o peso das lembranças. Tem o peso da saudade.

            Nas festas religiosas eram delirantes assistir aos desfiles de carroças de bois, carregadas de ofertas para a festa do Divino, ocasião  em que a cidade se reveste de vermelho simbolizando as cores do Espírito Santo.

Neste momento prendo-me ao Império do Divino montado anualmente, na residência da Família Oliveira. Durante 27 anos, o engenheiro Dr. Jair de Oliveira, com suas mãos hábeis e generosas, produzia todo o encantamento de tradição  da solenidade. Que pena isso ter mudado, não será mais na residência da família...

            Fecho os olhos! Não. Não quero despertar de meu sonho.

            Como gostaria de, neste momento abraçar a todos, expressar meu respeito e minha admiração por fazerem parte da história da minha vida.

            Mas, como dizia Camões o poeta português: “O amor é fogo que arde sem se ver; é ferida que dói e não se sente”.

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