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Publicado: Quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Gestação e a obesidade

A obesidade na gravidez pode contribuir diretamente, para o surgimento de distintas patologias no feto em desenvolvimento. O excesso de peso e a obesidade mórbida elevam a probabilidade de complicações na gestação, afetando diretamente a saúde geral e o risco do aparecimento de doenças como: hipertensão, colesterol, diabetes e a própria obesidade no bebê como indicam as ultimas pesquisas que demonstram dados expressivos que mães obesas e com sobrepeso tendem a ter maior risco a terem bebês grandes. A busca pela qualidade de vida materno-fetal, manutenção e controle do peso ponderal, promoção de equilíbrio postural, alívio do estresse e prevenção de dores lombares estão entre as principais razões pela procura do exercício durante a gestação.

O exercício anterior, durante e após a gestação ajudam bastante na atenuação da obesidade aliado a dieta equilibrada e estilo de vida saudável. Apesar do exercício físico na gravidez parecer um hábito atual consolidado apenas pelas mulheres modernas, encontramos o que pode ser o primeiro relato escrito envolvendo atividade física e saúde materno-fetal no tema citado na Bíblia (livro do Êxodo, capítulo 01, versículo 19) onde diz: “Mulheres Hebréias dedicadas aos trabalhos manuais mais duros durante o período da gestação, tiveram partos mais facilitados se comparados aos das mulheres egípcias”. É fato que uma prescrição coerente na gestação auxilia até no trabalho de parto, facilitação da recuperação pós-parto, e conseqüentemente na redução de depressão e sintomas psíquicos como a ansiedade, irritabilidade e angustia etc.

A contra-indicação ou a prescrição do exercício na gestação não pode ser realizada sem parâmetros e critérios científicos e de forma equivocada. Restringir uma mulher saudável de praticar exercícios na gestação pode impedi-la de usufruir de diversos benefícios materno-fetais, porém alterações na intensidade e duração, posição como barriga para baixo e postura deitada (decúbito dorsal) e atividades esportivas de contato como basquete, vôlei e futebol, lutas, esqui, não são recomendadas por autoridades no assunto, pois essas oferecem potencial risco para quedas, traumas além de confrontos corpo a corpo. Da mesma forma, liberar o exercício de forma arbitrária imprudente, sem parâmetros fisiológicos específicos, pode provocar danos irreversíveis a saúde materno-fetal.

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