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Publicado: Sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Festa de Cristo Rei

 É este o último domingo do Tempo Comum.

Avizinha-se, de outro lado, a partir de janeiro, a liturgia própria do Ano “A”, em que pontifica o evangelista Mateus.

Nesse entremeio, pois, do domingo vindouro ao fim do ano, ocorre o Tempo do Advento, preparatório para o Natal de Jesus.

Hoje, por despedida de Lucas e do Ano “C”, têm-se os versículos de 35 a 43, Capítulo 23.  Ei-lo:

 

*   *   *   *   *

“” Naquele tempo, os chefes zombavam de Jesus, dizendo: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo se, de fato, é o Cristo de Deus, o escolhido!”

Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre e diziam: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!”

Acima dele havia um letreiro: “Este é o rei dos judeus”.

Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!”

Mas o outro o repreendeu, dizendo: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? Para nós é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal.”

E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reinado”.

Jesus lhe respondeu: “Em verdade eu te digo, ainda mesmo estarás comigo no paraíso”.

*   *   *   *  *

A crucifixão de Jesus, precedida dos passos penosos da ida ao Calvário, deu-se por fim num clima de ignomínia, levantado no madeiro entre dois infratores da lei. Isso, sem se falar no letreiro debochado que o apontava como rei dos judeus.

Em verdade, ali estava sim o Rei, mas de toda humanidade e dos céus e da terra!

Se o ladrão impenitente o provocou, o outro aproveitou daquele instante para se refazer espiritualmente, num ato de arrependimento dos males que em vida praticara. Confiou no poder e na misericórdia de Jesus e ali fora-lhe concedida a certeza da salvação.

Inequivocamente, ali, acabava de concretizar-se a primeiríssima canonização de um santo na Igreja Católica. A de São Dimas.

Importante colher esse fruto, tão evidente, de que a misericórdia divina é infinita e se opera em qualquer circunstância e momento. Basta haja o arrependimento sincero e a intenção veemente e clara naquela hora, de que não mais reincidir em pecado, a despeito de se conhecer a precariedade da vontade humana e que o malígno jamais descansa, nas suas tentações e golpes inesperados. Entretanto, para merecer o perdão – e é o que o sacerdote assegura no sacramento da Confissão – vale mesmo o sentimento do exato momento em que o homem busca se emendar.

No repertório popular, São Dimas é dito, mera expressão de carinho, como se fora o bom ladrão. Jeito de falar, claro.

Importante: busque-se incessantemente estar ao lado de Jesus – vale a pena! Aliás, mesmo que não se o perceba, está sempre e invariavelmente por perto de seus filhos. Amém.

                                                                                                      João Paulo

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