Colunistas

Publicado: Quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Férias (O Vôo da Águia)

Crédito: Arquivo Pessoal Férias (O Vôo da Águia)
Até o Papa tem férias. E a águia faz pausas.

Estou em férias. Escrevendo? Poisé. Diversão de jornalista é escrever sobre coisas leves na folga. A escrita está no DNA e até mesmo nos momentos mais bucólicos pensamos num texto pra redigir.

Por causa do ritmo alucinante da modernidade muita gente sequer pode pensar em férias. Mas ela é necessária! Ô, se é! Presidentes e monarcas, executivos e artistas, todos tiram férias. Até o Papa, que muitos erroneamente julgam ter uma rotina "fácil" ou "tranqüila", tem um tempo para descansar.

A sabedoria das eras e os estudos científicos comprovam a necessidade de uma pausa na rotina diária. A mente precisa de um descompasso. O espírito necessita de outros ares. O coração é revigorado com oportunidades que o cotidiano não permite.

Confesso que eu, até bem pouco tempo atrás, não valorizava as férias. Isso contribuía para aumentar meu estresse, tirar meu humor e até mesmo a saúde. Em verdade, ninguém agüenta 100% de responsabilidades e compromissos o tempo todo. E isso não é papo de "folgado". É a vida humana.

A vida moldou meu espírito de um modo que eu jamais poderia imaginar. Acabei adotando um estilo mochileiro de aproveitar as férias. Coloco os itens básicos na mochila e saio andando por aí.

Faço minhas andanças em Itu, na região ou até mesmo em outros Estados. Vou curtindo novas experiências, conhecendo lugares, visitando Famílias (pobres ou ricas, católicas ou não, pequenas ou grandes), encontrando amigos de sempre e fazendo novas amizades, conversando sobre tudo, aberto ao diálogo a respeito de tudo.

Nas férias tenho surpresas demais e vivo sempre os meus momentos com Deus. Sim, o Criador que descansou no sétimo dia também tira férias: pelo menos comigo. No sol ou na chuva, andando ou pegando carona, dormindo na grama ou no colchão, faço das férias um tempo de novidade e de refrigério, um bálsamo nas feridas da alma, um oásis no deserto das tristezas humanas, um recarregar das baterias para mais outro período de intensa atividade prática, intelectual e espiritual.

A águia, que voa tão bem e tão alto, bate suas asas a centenas de metros acima de nós. Porém, mesmo a águia faz uma pausa entre o bater de suas asas. E nesse tempo ela flutua, deixando-se levar pelo vento. Ela descansa, ela observa e administra as energias pra continuar sempre no alto.

Estou em pausa. Estou off. Estou em férias. Até breve.

Amém.

Comentários