Colunistas

Publicado: Sexta-feira, 22 de maio de 2015

Falta alicerce!

Nada do que se deseja para agradar e durar é possível sem um bom planejamento; isto facilita a execução e até disciplina os custos.

Entre as riquezas do Evangelho vamos encontrar sustentação para a nossa reflexão. Em Lucas 14, 28-31, Jesus fala ao povo: “Quem de vós, querendo fazer uma construção, antes não se senta para calcular os gastos que são necessários, a fim de ver se tem com que acabá-la?

Na mesma linha está o ensinamento de Jesus narrado por Mateus 7, 21-27: “... quem ouve minhas palavras e as põe em prática, é como o homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, os ventos sopraram com força contra a casa, mas a casa não caiu, porque fora construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve essas minhas palavras e não as põe em prática, é como o homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, os ventos sopraram com força contra a casa, e a casa caiu, e a sua ruína foi completa!”.

Agora reflitamos a fundo: Se uma casa precisa de um bom planejamento que se atenha não somente à beleza, grandiosidade e conforto (claro que itens necessários) mas que conte com um bom alicerce, evitando o risco de desmoronar, quanto mais a construção de uma família, coração e alma que vai dar vida à alvenaria na formação de um lar.

Não se pode partir para uma união matrimonial sem ter muito claros os seus fundamentos:

Não se trata de uma simples união, um simples contrato, uma experiência que se assume facilmente e facilmente pode ser desfeita sem grandes sequelas que, com certeza, atingem terceiros.

É coisa séria, merece todo o nosso cuidado para que resista e cumpra seu verdadeiro papel. Infelizmente, a cada dia isso é mais esquecido e as uniões acontecem sem mais nem menos, frutos de uma sociedade que vem perdendo suas raízes mais importantes, que vem mudando o seu entendimento sobre família, responsabilidade...; que não se preocupa com seu papel no futuro da humanidade.

O que se vê é uma total falta de preparação, de maturidade de nossos jovens que se “aventuram” numa união sem seriedade e sem preocupação com a separação.

O matrimônio transcende o nível humano e atinge o divino: é plano de Deus para o bem dos homens. É compromisso assumido pelos enamorados e selado na fidelidade do Amor de Deus. Esse compromisso sacramental não tem cláusula para distrato.

É para sempre! Isso assusta cada dia mais os nossos jovens. Nunca é demais lembrar a Verdade da criação: Os homens e mulheres foram concebidos para se unirem formando um todo e isso é vital para o ser humano e igualmente para a humanidade.

E se o susto for depois? Vemos com tristeza e preocupação o futuro da humanidade frente à crescente onde de casamentos desfeitos. Um verdadeiro desmanche de famílias, transformando lares em ruínas.

Como explicar? Mudanças sociais? Novos tempos? Desprezo pelos valores fundamentais da vida?

O fato é que as uniões matrimoniais vêm acontecendo irresponsavelmente, sem mais nem menos, de modo fácil, quase por acaso, baseadas quase sempre em superficialidades. Junta-se e seja o que Deus quiser, dure quanto durar, ao primeiro susto: “tô fora”. Partimos para outra.

Se não é o único fator, ao menos a falta de seriedade, que certamente levaria a uma melhor análise sobre a decisão de algo tão sério como é o casamento, de um melhor conhecimento recíproco, tem aqui uma importância capital.

Vamos encerrar com alguns trechos da música “Oração pela família”, do genial Pe. Zezinho. Um verdadeiro hino à família:
“Que nenhuma família comece em qualquer de repente... Que nenhuma família termine por falta de amor... Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente... E que nada no mundo separe um casal sonhador!...Que a família comece e termine sabendo onde vai... Que marido e mulher tenham força de amar sem medida... Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão...”
“Abençoa, Senhor, as famílias! Amém!

Comentários