Falsa inércia
Porque o destino que você segue é ilusório.
Tudo está em movimento e tudo chega ao fim do caminho.
Então, por que viver?
Porque, por mais que o barco pareça parado, ele está navegando. Mesmo que seja sem vela, num rumo errante. [1]
Ainda que o trem pareça inerte, ele segue os trilhos. Mesmo que seja para lugar nenhum.
Por mais que o céu pareça estar sem movimento, o avião está voando e detalhe: numa velocidade de centenas de milhares de quilômetros por hora.
E o mais importante em toda essa viagem não é o destino. Mas sim, o caminho.
O que vai ver nele, quem vai encontrar, quais emoções vai sentir, quais dificuldades vai enfrentar e vencer e em quais vai falhar.
Afinal, viajar não é chegar. Viajar é seguir um caminho. E o destino só vale a pena assim.
[1] Referencio aqui o grande artista Érico Junqueira, em sua composição chamada ''Barco''.
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