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Publicado: Quinta-feira, 17 de maio de 2012

Escolha

Escolha

 

Já observastes a composição da palavra “escolha”?

Pare por um instante e observe que para tudo estamos promovendo uma escolha e mesmo que digas não, pronto, já fez uma escolha.

Tenhamos em mente sempre que para toda escolha, você terá uma colheita, escolha e colha. Justamente por isso devemos pensar antes de escolher e nos lembrar que lá na frente iremos colher o fruto desta escolha.

Ampliar a mente e focar o seu resultado, suas arestas e o seu grau de atingir além do que se busca são pormenores sempre perquiridos antes de definir a sua escolha.

O importante é não ser impulsivo ou simplesmente parado na busca do que será colhido. Na impulsividade, a semente pode não germinar, não crescer ou morrer antes da fruta amadurecer. Parado, a semente nem crescerá, pois certamente irá secar com a sua inércia.

Jesus em uma de suas sábias parábolas – Parábola do Semeador – nos remete, digamos que às nossas escolhas e a utilizarei neste texto a título de exemplificação.

“Eis que o semeador saiu a semear. E quando semeava, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, e vieram as aves, e comeram-na; E outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra bastante, e logo nasceu, porque não tinha terra funda; Mas vindo o sol, queimou-se, e secou-se, porque não tinha raiz. E outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram, e sufocaram-na. E outra caiu em boa terra, e deu fruto: um a cem, outro a sessenta e outro a trinta. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Mateus, XIII, 3 a 9).

Pode ser que na sua escolha, alguém ou alguma coisa as leve para longe de você, como se jogasse sementes e pássaros as levassem para longe de você.

Poderá ainda escolher por caminhos onde existam pedras e ali sua semente irá crescer rápido, mas não haverá terra o suficiente para que suas raízes se aprofundem, porém, só não deve esquecer que o sol poderá queimar as raízes expostas diante da falta de terra que as cubra.

Você ainda pode escolher e semear por caminhos espinhosos, mas cuidado, pois os espinhos podem crescer e te sufocar.

Pode enfim, depois de muito procurar e de um vasto caminho percorrer, semear em boa terra a sua escolha e ali frutificar e colher os frutos.

A parábola do semeador a qual usei como exemplo e que não entendi na primeira vez que li, traz Jesus como o semeador e as sementes seus ensinamentos, distribuídos ao mundo.

As sementes comidas pelas aves simbolizam aqueles que mesmo tendo oportunidade de conhecer Deus, não se importam, pensam apenas na vida mundana. As aves seriam os espíritos maus que se aproveitam das más tendências da pessoa para mantê-la longe do Criador.

Já as sementes que caem na pedra e logo crescem simbolizam aqueles que conhecem a palavra, se maravilham com ela, mudam a conduta de forma radical e tudo é voltado para Deus, mas quando se deparam com as provas e expiações, se decepcionam e deixam a palavra como num passe de mágica.

As sementes que caíram nos espinhos, apesar do seu crescimento, demonstram aquelas pessoas que de tanto se preocuparem com o trabalho material, se perdem e não conseguem praticar a caridade e o amor, afastando-se assim do conhecimento espiritual.

Por fim, em relação às sementes que caíram em terras boas, crescem e frutificam, referem-se àqueles que tendo compreendido que a matéria não é tudo, buscam nos ensinamentos do Pai as respostas para suas dúvidas e o consolo para suas dores e aplicam na prática o aprendizado.

O mais importante é fazermos boas escolhas e aplicar os ensinamentos de Jesus na prática e não apenas propagá-los em vão.

Às vezes nos sentimos cansados e achamos que tudo está perdido e que não vamos conseguir chegar onde desejamos e por vezes, muitas vezes, pensamos em desistir ou escolhemos pegar o caminho mais curto, porém, esta não será uma boa escolha, pois a caminhada jamais é fácil, existirão obstáculos, muros, pessoas, duplos caminhos, tentações, perdições, amores vazios, enfim, as provas e expiações a que temos de passar sempre pelas nossas escolhas, mas jamais, jamais devemos desistir e sempre tentar. Difícil? Sim, mas como sempre digo o difícil não é impossível.

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