Entendendo a economia atualmente
Estamos passando por uma crise de confiança conforme pudemos observar no comércio devido a alta da inadimplência, que teve queda em sua confiança em 4,0% entre junho e agosto de acordo com a FGV na comparação com o mesmo período no ano sugerindo um quadro de moderação da atividade no setor devido principalmente ao comércio varejista, e, bem como, no consumidor, que reduziu sua confiança de julho para agosto em 1% e atualmente 1,4%. A desaceleração em curso da economia tem impactado a confiança do consumidor; no entanto, a perspectiva de retomada da atividade econômica, deve melhorar a confiança das famílias juntamente com as condições favoráveis do mercado de trabalho e os sinais de melhora nas expectativas.
A inadimplência segue aumentando de forma cíclica devido à facilidade de acesso ao crédito, melhora das condições de financiamento com redução dos juros (o Copom decidiu reduzir a taxa básica de juros em 0,50 p.p., para 7,5% ao ano) e redução do IPI. O estoque total de crédito na economia brasileira alcançou R$ 2,18 trilhões em julho, com crescimento de 17,7% no acumulado em 12 meses, dessa forma, a relação crédito/PIB atingiu o patamar de 50,7%, ante 46,1% registrado em julho de 2011. Descontados os efeitos da inflação e da sazonalidade, o avanço entre junho e julho foi de 0,30%.
O outro lado desta mesma moeda é o aumento de todos os índices de inflação, sendo que o índice de preços ao consumidor (IPC) de São Paulo fechou o mês de agosto com alta de 0,27 por cento, ante avanço de 0,13 por cento em julho, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Na última quadrissemana de agosto, os preços do grupo Alimentação avançaram 1,08 por cento, respondendo por 91,90 por cento do IPC-Fipe do mês. O setor de Saúde subiu 0,55 por cento, contribuindo com 15,68 por cento do índice. O IPC-Fipe mede as variações quadrissemanais dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos.
De acordo com o relatório Focus do Banco Central, a expectativa para o IPCA passou de 5,15% para 5,19%, para 2012, e foi mantida em 5,50% para 2013. Ao mesmo tempo, a estimativa de crescimento do PIB foi reduzida novamente de 1,75% para 1,73% para este ano e seguiu em 4,0% para 2013. As projeções para a taxa Selic ficaram inalteradas em 7,25%, para 2012, e foram reduzidas novamente de 8,38% para 8,25%, para o ano que vem. Por fim, as projeções para a taxa de câmbio mantiveram-se em R$/US$ 2,00 tanto para 2012 como 2013, considerando as estimativas para o fechamento do ano.
Com isso, a economia esboça recuperação e apresenta queda da taxa de desemprego em julho.