Colunistas

Publicado: Quinta-feira, 24 de março de 2005

Duca, nosso amigo!

A vida não cansa de reservar surpresas. E muitas vezes não são presentes embrulhados com laços de fita. Completamente chocada com a notícia que recebi na quinta-feira, dia 17 de março, coloquei constragidamente uma nota no www.itu.com.br, avisando que o nosso amigo Duca Balás havia partido para um mundo melhor, longe daqui. Não sabia quais palavras escolher.


O Duca era amigo. Aprendi com ele, me diverti com ele e me emocionei com suas palavras e o seu jeito meigo de ser. Sempre lia as suas crônicas, sensíveis, extremamente bem escritas, trazendo questões para refletir e sentir. E sei que não sou só eu: uma legião de pessoas nutria pelo Duca um carinho muito especial.


Nos últimos anos nós nos aproximamos. Finalmente, depois de muita insistência do Alan (meu marido), ele entrou no mundo da Internet e conseguimos trocar boas figurinhas quando ele se tornou colunista assíduo do www.itu.com.br. E além de crônicas trocávamos fotos, sorrisos e experiências. Era uma presença forte, serena e acalentadora.


Guardo com carinho muitas lembranças. Ele realizou o sonho da minha filha, levando-a ao show do Felipe Dylon, na ala da imprensa. E sempre que ele contava sobre esse dia, sorrindo, comentava: “Valeu só por ver o rostinho dela de felicidade!”


Também sou eternamente grata à forma carinhosa com que ele apoiou a minha nova página no Jornal Periscópio. Eu o sentia próximo, sempre. E sei que continuarei sentindo sua presença.


Duca, na sua partida, o céu nos presenteou com um brilhante arco-íris, que coloriu o céu por quase uma hora. Isso acalentou meu coração, me trazendo a lembrança de que somos seres espirituais tendo uma experiência humana — e não o contrário. O espetáculo das cores, o brilho do sol na chuva, deixando tudo dourado, me sussurrou aos ouvidos que apesar da dor ainda existe beleza. Sei que o arco-íris também foi obra sua, com seu sorriso maroto, mostrando que os dois lados da vida — doce e amargo — estão sempre de mãos dadas.


Ainda assim, a tristeza não tem tamanho e só nos resta confiar no tempo. E como você mesmo disse em uma de suas crônicas:

“Quando a coisa apertar, procure um raio de luz. Lembre-se que, mesmo em dias nublados, o Sol continua a brilhar atrás das nuvens cinzentas.”

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