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Publicado: Segunda-feira, 16 de abril de 2018

Destaques e Tendências da Semana - Economia e Fin.

De acordo com o Relatório Focus, divulgado há pouco pelo Banco Central, o mercado ajustou para baixo suas expectativas de inflação e PIB para 2018. No caso das expectativas para o IPCA deste ano, a mediana caiu de 3,53% para 3,48% e de 4,09% para 4,07% para 2019. Já a mediana das expectativas para o crescimento do PIB deste ano passou de 2,80% para 2,76%, enquanto a de 2019 manteve-se em 3,00%. As medianas das expectativas para a taxa Selic no final deste ano e do próximo se mantiveram em 6,25% e 8,00%, respectivamente. No que se refere ao câmbio, as expectativas ficaram estáveis em R$/US$ 3,30 para o encerramento de 2018 e em R$/US$ 3,39 no final de 2019.

Destaques da semana:

- Atenções no Brasil estarão voltadas para o IPCA-15, enquanto o foco internacional estará nos dados de PIB da China
No Brasil, o principal indicador divulgado esta semana será o IPCA-15 de abril (sexta-feira), para o qual esperamos alta de 0,27%, com núcleos comportados e alimentos saindo da deflação, mas em ritmo lento. Além disso, poderão ser divulgados os dados de geração de emprego formal (Caged) e da arrecadação de impostos, ambos referentes a março. Na agenda internacional, as atenções se voltam para os dados de PIB chinês do primeiro trimestre (na noite de hoje), que devem mostrar crescimento robusto. Os mercados também acompanharão os dados norte-americanos de vendas no varejo (nesta segunda) e de produção industrial (terça-feira), ambos de março, que deverão corroborar a visão de desaceleração moderada. Serão divulgadas também as primeiras sondagens de abril dos países desenvolvidos, que podem já refletir negativamente o impacto do aumento das tensões comerciais globais e as preocupações geopolíticas com a Síria.

Os mercados acionários operam sem tendência única nesta manhã, com o aumento dos riscos em torno da tensão geopolítica na Síria, após a ofensiva militar lançada por Estados Unidos, Reino Unido e França. Tal cenário ainda é impactado pela manutenção dos conflitos comerciais envolvendo as duas principais economias globais. Na Ásia, os mercados encerraram o pregão sem direção única. A bolsa de Tóquio apresentou ligeira alta, enquanto a de Shangai recuou, à espera dos dados de PIB do primeiro trimestre deste ano. Os mercados acionários europeus também operam sem tendência única, enquanto os índices futuros norte-americanos apresentam ganhos.

Nesse cenário, o dólar segue a tendência de depreciação da semana passada. Destaque para a apreciação da libra, do rand sul africano e do euro, enquanto o peso mexicano e o real permanecem próximos à estabilidade.

No mercado de commodities, os preços do petróleo operam em baixa, revertendo parte da forte alta registrada ao longo da semana anterior. Vale ressaltar que o conflito geopolítico na Síria e a alta produção de petróleo pelos Estados Unidos podem afetar o preço da commodity em direções opostas. Por sua vez, os principais metais industriais são negociados em baixa, com destaque para o alumínio, enquanto as cotações das agrícolas também retraem, com exceção da soja.

No mercado de juros doméstico, as taxas mais curtas devem reagir às projeções contidas no relatório Focus e aos dados de atividade econômica, divulgados há pouco pelo Banco Central, enquanto as taxas mais longas devem seguir a tendência internacional.

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