Colunistas

Publicado: Segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Curitiba, de novo

É processo recorrente e normal, que locais aprazíveis por alguma forma, sejam revisitados.
Quando se é mais jovem, as praias e as montanhas exercem poderosa atração. Não signifique, entanto, que em alguma situação sejam essas preferências desprezadas. Apenas os retornos não seriam tão frequentes e, em face de caminhadas mesmo de média dificuldade, há um interesse menor, bem compreensível.
 
A depender ainda do gosto pessoal, com reforço para aqueles poucos que se dedicam ao prazeroso mister de colunista, centros urbanos têm muito sentido. Além de que, nessa modalidade da mídia, que exige de você ter alma de poeta mesmo sem propriamente versejar, a inspiração se alimenta de fatos, pessoas, detalhes e pormenores, praticamente de tudo enfim. É justamente o senso de observação que passeia, divaga, percebe, vê e registra, com uma inquietude característica, sempre sadia.
 
Justifica-se de pleno e de plano, destarte, que a capital paranaense encante pelos mais variados motivos. Depois de conhecida, que se lhe dedique, no mínimo, um retorno anual. Por ora, nenhum ano se passou em que ve-la outra vez não tenha acontecido ao menos duas vezes. Esse número fica praticamente assegurado, pois, em mais um ano - o que ora se inaugura - porque aqui se chegou desta vez já na primeira quinzena de janeiro. Era a saudade.
 
Curitiba foi visitada em todas as estações, portanto também naquela de frio intenso, que na verdade em nada incomoda. O apetite, por exemplo, só aumenta. E Santa Felicidade é logo ali para socorrer o turista.
 
No inverno rigoroso, não se trata de vestir tantas peças de roupa que chegam ao desconforto de lhe tolher os movimentos. Não ao excesso de agasalhos sobrepostos, portanto, mas apenas vestimentadas adequadas. Não se peje até das luvas e gorroso vendidos em todas as esquinas, práticos e baratos. Talvez um chapéu elegante e discreto, possa ser-lhe opção outra.
 
Estranha talvez o leitor, de que haja aqui, até agora, comentários relacionados à capital, sem referências ainda à sua incontável pauta de oportunidades de lazer. Tal aspecto, foi cantado noutras crônicas, que Curitiba fez por merecer. É assim de propósito que pouco se diga das vantagens de entretenimento nesta cidade, todas elas bem plantadas. Não se perde uma nesga de chão limpo, que nele não se aplique ao menosa grama. Todo pequenino espaço de terra ganha logo flores.
 
Tudo é criatividade em Curitiba. Em termos de transporte urbano - aspecto já comentado por sinal noutros relatos - Curitiba inspirou idéias até para cidades europeias. Cuidou-se, como é sabido, de que pontos de ônibus, os principais e de maior apelo, acomodassem as pessoas nos curiosos tubos, protegidas do sol e das intempéries. Os conhecidos "ligeirinhos", articulados, desenvolvem boa velocidade, porque tem traçados exclusivos no leito das ruas e avenidas.
 
Percebe-se a atenção ao povo em muitos lugares e cruzamentos, através da feitura adequada, na sinalização de solo. Ganham-se, outrossim, os mais isolados endereços, com relativa facilidade, através das placas de orientação e advertência, disseminadas por toda urbe.
 
Amigos. Não se preocupem com o que fazer nem se programem para vir a Curitiba. Basta que se esteja aqui. Da porta da rua para fora, caminhe aleatoriamente, para qualquerlado. Surpresas a cada passo.
 
Venham a Curitiba, seja à busca de lazer, de cultura ou de mero descanso.
 
Uma cidade voltada para o cidadão e seu bem-estar.
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