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Publicado: Segunda-feira, 22 de maio de 2017

Croniqueta

 

Não estranhem o título nem percam tempo de ir ao Vocabulário da Língua Portuguesa ou de recorrer ao Aurélio, que essa palavra não existe. Tamanha segunda feira, não se diga sonolento porque banho já tomei, mas ele, o título, veio entre xereta e espontâneo e se acomodou ali em cima. Deixei.

Salta aos olhos, contudo, que ele prenuncia apenas um recadinho aqui, dois dedos de prosa, naquela via lá na frente espontânea e que quase nunca se sabe para onde ela conduz. Crônica então, no mais puro significado do termo. Ao menos, quanto a sua espontaneidade. Poucos, alguns minutos apenas, de espera numa mesinha redonda na lanchonete de super mercado.

Apenas também uma folha de guardanapo de papel e, nela, tentação comum em casos deste tipo, logo entendo de escrever.

Escrever sobre o que? Bem, mil pensamentos ...

Na mesa fronteiriça vejo um casal, encontradiço outrora no Forum, eu sempre a consultá-los, um e outra na minha fase do exercício da advocacia.

Eu os imagino ao menos uma década mais novos. Claro que a gente se cumprimentou, com a exiguidade de quem se conhece e reconhece,

O tempo que passou para eles, também assim e igual correu para mim, mas não porque houvesse elo maior de amizade. Simples e simpáticos, isso sim.

Como quando se abre a porta das ideias e a deixa escancarada, todo assunto vira matéria.

O Brasil em polvorosa, com o estrondo da maior corrupção de todos os tempos, nossa gente há de se dizer, relativamente, é de paz. Ah, mas acontecem manifestações aqui e ali, derivadas infelizmente para algazarras que sejam bem outra coisa. O povo, uma mole humana e sem direção assumida, vocifera de tudo. Lá em cima, aqueles que teoricamente seriam representantes dos brasileiros, passeiam indiferentes, de propina a propina.

Parece brincadeira, se desgraça não fosse, que de um lado o Judiciário se esfalfa no enquadramento dos bandidos enquanto, mesmo durante essa fase toda de investigação e condenações, a prática da propina se faz ativa e continuada e chegou dos telhados aos porões da politicalha sem cura.

Gente. Acabei de frisar que se está em plena segunda feira e com muito por se fazer.

Todos ao trabalho, com a graça de Deus, a quem rogamos se apiede de nós.

Tchau.

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