Publicado: Sábado, 30 de junho de 2012
Cidade que acolhe
- Gente de quem você é?
A pergunta do saltense soa elitista, mas não é. Remete à busca da identidade deixada do lado de lá do Oceano, pelos italianos, espanhóis, japoneses e tantos outros povos que imigraram. Corresponde à necessidade intrínseca do ser humano de pertencimento a uma comunidade numa terra estranha: o Brasil e Salto.
Gente que veio “de fora” e, tempos depois, “de dentro” - do Paraná, Pará, Minas Gerais e São Paulo – muitos em busca de uma paisagem menos agressiva que a dos blocos de concreto armado.
Quem chega encontra a magnífica cachoeira, as praças e fontes, um comércio efervescente e, ainda, um certo ar pacato e ordeiro, embrulhados por rios e resíduos de matas ciliares. Puro deleite.
A cidade já considerada grande, com pouco mais de 106 mil habitantes, oferece incontáveis atrações culturais e turísticas e uma rica história.
Mais de um século após as primeiras imigrações, a pergunta do passado foi substituída por outra:
Mais de um século após as primeiras imigrações, a pergunta do passado foi substituída por outra:
- Você é gente do Salto?
Para o saltense a resposta não faz mais diferença.
Para o saltense a resposta não faz mais diferença.
Como legado dos povos que se estabeleceram no município, a população aprendeu a acolher os forasteiros. Oferece-lhes como prato principal a passionalidade dos italianos e espanhóis, a reticência dos japoneses, o jeito simples da fala dos antigos operários, a bossa dos afrodescendentes, a cordialidade despachada, o gosto pela arte e o hábito de saber sobre tudo e todos.
Salto. Cidade generosa e terra de que também eu posso me orgulhar.
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