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Publicado: Terça-feira, 14 de setembro de 2010

Candidato analfabeto

Candidato analfabeto
Contra o analfabetismo na política

Sou contra o analfabetismo e a falta de instrução. Acredito que todos têm direito à educação, ferramenta indispensável para o crescimento pessoal e profissional de qualquer pessoa.

Infelizmente, o acesso a bons cursos não é fácil para grande número de brasileiros e brasileiras. A qualidade do ensino público é questionável e o preço de escolas particulares é proibitivo para boa parte da população.

Sou contra o analfabetismo, não contra os analfabetos. Mas posso dividir as pessoas em dois grupos: a dos que esforçam para evoluir e a dos que apenas reclamam das fatalidades da vida.

Sou contra a candidatura de analfabetos, semi-analfabetos ou pessoas sem instrução. Simplesmente por não terem o grau de instrução necessário para representar o povo e cuidar das leis, fiscalizar governos e entender questões complexas da sociedade.

Por mim, seria no mínimo obrigatório o ensino médio completo (chamado antigamente de “segundo grau”) para todos os que disputassem eleições com a intenção de galgar a um cargo público.

Quem quisesse um mandato teria que se preparar para ele. Tem o sonho de ser vereador, deputado ou senador, prefeito, governador ou presidente da nação? Então corra atrás do seu sonho, vá fazer um supletivo e preparar-se adequadamente para servir a nação.

Infelizmente os analfabetos são vistos de modo geral como “coitadinhos sem oportunidade”. E reinam no horário eleitoral inúmeros candidatos que mal sabem se expressar além do próprio nome e número de campanha.

É claro que nível de instrução não significa qualidade de caráter ou de honestidade. Mas seria uma questão de exemplo e de valorização do esforço pessoal. Afinal, para prestar qualquer concurso público é exigido o segundo grau completo. Por qual razão na política é diferente? Não é também um grande concurso público?

Sou muito otimista de que um dia isso possa mudar. Pena que estamos em um país que não tem por base e referência a educação de seus cidadãos, onde pessoas sem instrução escolar se vangloriam de não tê-la e mesmo assim ocuparem cargos públicos importantes.

Esta é a democracia que temos e suportamos. Há muito que melhorá-la.

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