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Publicado: Sábado, 9 de novembro de 2013

Ao acaso, um sonho ...

Mesmo sem o perceber, é inequívoco que o viajante - turista ou não - faça comparações automaticamente, porque vêm-lhe à lembrança hábitos e costumes de sua terra, frente aos mesmos ou assemelhados, vistos no exterior.

Essa ocorrência é válida tanto para o que lhe pareça de ordem superior ou inferior, no seu país de origem.

Por conhecer e frequentar habitualmente a aprazível Guarujá e região por mais de trinta anos, é que ocorre a presente reflexão.

A cidade praiana, uma jóia do litoral mais acessível, padece do mesmo mal de outras administrações municipais, aquelas repetidamente infelizes.

Um túnel de acesso, urbano, aberto há mais de duas décadas, ainda está inacabado. Tampouco há esperança de que seja concluído até o fim do ano.

Ruas, quase todas, medonhamente esburacadas. Imagine-se o período próximo de férias com as prováveis chuvas de época.

O trânsito urbano, até que flui razoavelmente, afora quando sua população se multiplica por três ou quatro, nos chamados feriadões. Os motoristas, em geral, não obedecem regra alguma. Vigem o atropelo e as ultrapassagens forçadas, seja pela esquerda, seja pela direita. Nunca se sabe de que lado surgem os afoitos.

A avenida Dom Pedro se transforma numa verdadeira pista de corridas.

Adicionem-se as motos e, em grande quantidade, o meio mais comum e simples de locomoção, as bicicletas que igualmente se infiltram entre os veículos. A condição de cidade toda ela praticamente plana, favorece naturalmente os ciclistas.

Não há dúvida nenhuma de que a orla de seis quilômetros da praia da Enseada, constitui seu melhor pedaço, além da sua areia fina como se fora talco. Entretanto, não há sanitários suficientes ao atendimento de turistas, crianças, senhoras e idosos em especial.

Como se adiantou na abertura, com todos os predicados de uma natureza de matas, montanhas, rios e mar, - maravilhas gratuitas, - é que vislumbrou sem aviso uma comparação, um sonho, de como seria ela se bem cuidada, mas com aquele carinho e responsabilidade com que os japoneses zelam pelas suas cidades.

A propósito, confessa-se o quão grato é ao cronista, quando tantos amigos o param nas ruas ou saídas de bancos, lojas e igrejas, para comentar favoravelmente, sobretudo o detalhamento dos relatos enviados semanas seguidas, de lá do Japão.

Há que se dizer-lhes, então, que na série de artigos, muito e muito ainda ficou para se comentar, o que, por isso, será objeto de tema futuro, aos poucos e oportunamente.

Limpeza, saúde assistida e urbanidade, com segurança a toda prova, um modelo de vida.

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