Colunistas

Publicado: Sexta-feira, 7 de junho de 2013

Aniversário do nascimento de Fernando Pessoa

Citar um poeta, nada menos que o grande Fernando Pessoa, na fraseologia costumeiramente  usada como lema, na  nossa querida Loja simbólica “Libertas de Salto”,  é enaltecer sobremaneira, em beleza e conteúdo, quanto poeticamente é dito em dimensão, respeito e conteúdo lírico, o que tantas vezes a prosa, como o tentemos  expressar, não consegue simples e emotivamente transmitir:

Deus quer,

O Homem sonha,

A  Obra Nasce ! . ..

Eis a nossa  realidade, tão sintética e belamente definida:   Deus quis, O Homem sonhou e a Obra nasceu confiante, fulgurante e expandiu-se ricamente, multiplicando aquele sentir de pequeno grupo fundador, semeador de semente profícua e frutificante em realidade  tão grata e estimulante.

Hoje queremos saudar,  o aniversário de nascimento do grande Homem de Letras, não só da grandeza de nossa língua pátria, mas da virtude divina da inteligência e intelecto mundial, o irmão nosso em espírito, que nos brindou a inspiração do expressivo lema, que orna a nossa Bandeira da ARLS  “Libertas de Salto”,  princípios salutares civilizadores, esperançosos, generosos, transcendentes, tele teológicos, obedientes à nossa fé de fieis maçons, simples e confiantes seres humanos seguidores respeitosos e conspícuos da vontade do G:.A:.D:.U:. (O Grande Arquiteto do Universo)

E porquê a Obra nasceu, estabilizou-se e expandiu-se ?  Porque estava sinceramente vocacionada a SERVIR, a dar-se, que é o LEMA,  o mandamento sublime do CRIADOR, do G:A:.D:.U:., através de seu amantíssimo filho: “Não vim para ser servido, mas para SERVIR ! . . . ”

Estes  extraordinários Lemas de análise sociológica transcendente da justiça, do dever, do amor e da  ação que transcende a natureza física das coisas, têm tido no tempo a preocupação de vários expoentes das letras e da inteligência, dádivas sublimes do pensamento e do espírito pragmático da ética e da moral,   como no privilegiado intelecto de outro grande vate glorificador e estruturador de nossa língua pátria, essa maravilhosa com a qual hoje nos comunicamos, que nos diz, lavrado lá pelos idos de 1550, apenas cinquenta anos após o descobrimento do Brasil, o extraordinário Luiz Vaz de Camões, exarado com amor crítico, concretado no famoso “Lusíades”,  dizendo-nos com aguda percepção sócio psicológica, em seu “Ao desconcerto do Mundo”, falando à eternidade, conclamando  à consciência evolutiva:

“Os bons vi sempre passar no mundo graves tormentos. Mas para mais me espantar, os maus vi sempre nadar em mar de contentamentos.  Buscando alcançar assim o “BEM” tão mal ordenado, fui mau, mas fui castigado.  Assim que só para mim, anda o mundo concertado ! . . . “  Verdadeiro e inexorável lamento, sentimento de frustração sem dúvida, comparável talvez com aquela sublime expressão do Grande mensageiro de todos os tempos, quando em pleno humano sofrimento  implora ao G:.A:.D:.U:., soltando a impressiva expressão de sua frustração, na oração às vésperas do seu inigualável martírio: “Pai, se é possível fazer passar de mim esse cálice . . . e, logo recapacitando-se de sua missão espiritual transcendente, completa, rendido à TRANSCENDÊNCIA: mas faça-se a Tua Vontade !!! . . .” .  Sentimento Santo de “perda”  mas perda “vitoriosa”, pois tinha uma MISSÃO a cumprir: a MISSÃO de “SERVIR” em primeiro lugar: Servir de exemplo à transcendência do Bem e do Amor universal humanitário, ante a corriqueira mentalidade geral irônica e cômoda do “não me comprometas”, exemplo de transcendência do BEM  e do AMOR, que realizam no tempo histórico a evolução da matéria egocêntrica animalesca,  aos princípios mais elevados  redentores da edificação da humanidade e da irmandade, à verdadeira, consciente e responsável JUSTIÇA,  da Liberdade, Igualdade, Fraternidade, à virtude e vitória de postulados sobre a ignominiosa injustiça da crassa e rude ignorância, a obnubilação do pensar sério e compenetrado, à assunção  de missão e responsabilidades,  à confirmação da supremacia dos valores superiores do espírito transcendente, do caráter espiritual sobre a vilania do mal, do erro e do natural primitivo egoísmo crônico.

Que lenta é a evolução !!! Que lerda !!! E no entanto para o convicto homem de bem, seja um maçon ou homem de autêntica fé, essa ação lenta e milenária imensa, mas profícua afinal,  já chegou, revelou-se na generosa e esperançosa crença em um G:.A:.D:.U:. que atua no tempo e na história  através da ação inteligente de seus verdadeiros agentes fatores, SERVIDORES, trabalhadores humildes, construtores, verificando, com visão crítica, honesta e sã, identificando onde o mal  age e como age, contrapondo-se estruturalmente com os remédios balsâmicos do exemplo pessoal vivencial e da análise dialogante abalizada: Assim historicamente já assistimos à conquista da abolição da escravatura, aos postulados propalados dos direitos humanos, corolários da tão brilhante aspiração iluminista da Liberdade, Igualdade, Fraternidade, plenos de humanidade e civilização.

Voltemos entretanto a citar Camões,  ao  seu visualizar em pleno século XVI, os males do atraso e da corrupção que ainda nos  limitam tanto:

“. . . No mais, Musa, no Mais, que a Lira tenho destemperada e a voz enrouquecida, e não do canto, mas de ver que venho cantar a gente surda e endurecida.

O valor com que mais se acende o “ENGENHO”, não no dá a Pátria não, que está metida, no gosto da cobiça e na rudeza, de uma agastada, insana e vil tristeza ! . . .”  A quem Camões, em pleno século XVI está dirigindo sua mensagem ?  Apenas aos seus contemporâneos, ao  Rei, à nobreza ou à eternidade, cujo vibrante conteúdo profético podemos aferir hoje, mais de 450 anos depois, em nossa presente sociologia? Não nos conclama a meditar, a repensar-nos? . . .  A conscientizar-nos? . . .

Eis a lucidez do espírito, que nos orienta e responsabiliza na crítica a combater a injustiça, a corrupção, o enrustido egoísmo do atraso “involutivo” e a produzir a Libertação da ignominiosa ignorância, que perversa e primitivamente presente, tanto dificulta e impede o estabelecimento da concórdia, da compreens&at

Comentários