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Publicado: Domingo, 13 de agosto de 2017

Amo Amar o Amor

Crédito: APCRC Amo Amar o Amor

Texto dedicado a todos que amaram um dia e ainda amam e a todos os pais que seguimos amando em nossas vidas...

 

Amo-te. Porque eu consigo me entregar e amar de verdade e isso não pode ser errado, não tem como ser errado. Por que o amor é errado? Por que ele dói tanto em mim? Será que amo errado? Mas, como é amar errado? Amar demais? Amar sem limites? Amar tudo aquilo que cruzar meu caminho de sentidos? Aberta estar ao amor? E por que isso estaria errado? Não entendo. Tento e não entendo e dói. O amor dói.

 

Acho que porque ele não depende só de nós, ele se enaltece e se revitaliza com a reciprocidade e por isso dói. Porque nem sempre temos aquilo que queremos, nem sempre acontece do modo como sonhamos naquelas noites secretas de um azul brilhante. 

 

Apenas amo e não tem como parar esse sentimento de dentro de mim. Ele cresce e se apodera de tudo, de todas as vontades, e foca e desfoca, e mais uma vez me enaltece. Sinto-me viva de uma vida crua e pulsante, que circunda meu corpo e me conecta com tudo ao meu redor. 

 

Amar é então se entregar? Uma entrega que exige risco por aquilo que não se sabe, por tudo aquilo que nos desestabiliza e vibra? O que é o amor? Pergunto-me com uma certa frequência irritante. Como é amar? Só sei que dói, porém queremos mais e mais e mais porque é uma dor de existência, uma dor que nos insere completamente na vida e nos energiza de uma potência transformadora. Mas, dói. Sempre dói. 

 

E como fazer para não doer? Não amar!? Mas, como não amar? Não sei. Não carrego todas as respostas, só sei que nunca consegui não amar. O amor é um dos meus desejos mais antigos. Amo amar o amor que desperta em mim tudo que sou, fui e venho sendo. 

 

O amor me conecta a tudo e a todos e me faz querer mais e lutar por mais e ser mais. Quero ser melhor para assim o amor me amar e nesse movimento tudo ficar “rosa shock”. Porque assim faz o amor, ele nos choca e explode em nós um sentimento de pertencimento a uma família, a uma comunidade, a uma bandeira, a um time, a uma escola, a uma geração, aos braços de uma pessoa amada. Sim, aos braços e abraços da pessoa amada que nos fascina e novamente nos enaltece. O amor é um enaltecimento coletivo. 

 

Sendo assim, como é possível não amar!? Como é possível não desejar esse sentimento tão intenso que faz brotar em nós toda uma razão motivada para existir, para ser no mundo e assim deixar marcas significativas na vida de quem tocarmos com essa dádiva!? Como é possível?

 

Então, convido-os a amar e imortalizar em nós toda a teia de significados que construímos com nossa existência nesse mundo, nesse tempo histórico, nessa era, nesse universo, e quem sabe um dia seremos lembrados como a espécie animal que criou o “amor”.

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