Colunistas

Publicado: Sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A vida exige serenidade!

As “férias” de final de ano duraram pouco. Mal começa o ano novo e já está de volta a velha correria. Rapidamente nossa agenda se enche e voltamos a brigar contra o relógio e o calendário.

Sabemos que isso não é nada bom para a nossa saúde e nossa qualidade de vida, mas não conseguimos resistir à pressão da sociedade moderna que nos impõe um ritmo de vida incompatível com a natureza humana.

A vida moderna tornou-se complexa demais, cheia de “necessidades” e de ofertas. Mais cara, mais difícil de se ter tudo que passa pelos nossos olhos e atiça nossos desejos.

Corremos apressados, mas falta-nos tempo para tanto.

É preciso parar e pensar: será que realmente tudo isso é necessário? Tanto consumo, tanto gasto, tanto trabalho?

É preciso reaver o bom senso, o equilíbrio, a serenidade para discernir entre o que é supérfluo e o que é necessário; entre o que está ao nosso alcance e aquilo que é utópico. Não podemos esquecer os limites. Aceitá-los faz com que não atrapalhem a nossa felicidade.

Do contrário, vamo-nos encher de aflições, frustrações, angústias.

Adeus tranquilidade, adeus saúde...

Como acalmar esse mundo agitado, como acalmar o ser humano que nem mesmo sabe aonde quer chegar, o que conseguir. Os objetivos são como metas olímpicas, seguem em disparada e mudam seus pontos de chegada. Parece “a cenoura à frente do burro”.

Para quê? Se para viver bem, para ser verdadeiramente feliz basta tão pouco, uma vida simples.

Às vezes, a vontade é mudar tudo, o mundo, se possível. Tudo que nos incomoda, atrapalha, limita...

Calma! Embora a vida, a sociedade e o mundo exijam constantes mudanças e adaptações, nem tudo precisa mudar...

A serenidade é um estado de espírito privilegiado, que nos permite viver de modo calmo, tranquilo, em paz, resolvendo os obstáculos ou problemas que estão ao nosso alcance e convivendo com aqueles que não conseguimos resolver. Isso pode parecer muitas vezes acomodação, indiferença ou mesmo preguiça, mas, admitir que as coisas nem sempre são como gostaríamos que fossem, é sinal de sabedoria.

Ano novo é tempo de repensar a vida. Aprender que devagar também é pressa. Que, muitas vezes, precisamos ficar contentes com o que temos. Aceitar que sempre haverá coisas que não vamos conseguir... coisas que não fazem falta ou que nada acrescentam a nossa vida.

Aprender que nem tudo pode ser mudado, nem tudo precisa ser mudado. Nem tudo precisa ser adquirido ou perseguido.

Vale lembrar a conhecida “prece da serenidade” - “Concedei-me, senhor, serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar aquelas que posso, e sabedoria para distinguir umas das outras”.

Comentários