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Publicado: Sábado, 13 de junho de 2009

A terra, simples passagem

Décimo Primeiro Domingo Comum.
O evangelho deste dia, 14 de junho, vem por conta de Marcos, aliás e justamente o apóstolo, em cujos escritos centra-se o Ano “B”, na liturgia católica.
Capítulo 4; versículos de 26 a 34.
 
Jesus disse à multidão: “O reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra.
 
Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece.
 
A terra, por si mesma, produz o fruto; primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga.
 
Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou”.
 
E Jesus continuou: “Com que mais podemos comparar o reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo?
 
O reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra.
 
Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se na sua sombra”.
 
Jesus anunciava a palavra usando muitas parábolas como essas, conforme eles podiam compreender.
 
E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo.
 
Jesus – entre tantas outras denominações que se lhe atribuem – costuma ser citado muitas vezes como Mestre.
 
E Mestre, ele o é por excelência.
 
Sua pregação e ensinamentos, frequentemente vêm acompanhados de gestos e sinais, na forma de simbolismos que facilitam a compreensão.
No mesmo intuito, o de ilustrar suas lições, Jesus, o Mestre, recorre ao expediente das parábolas.
 
Bem verdade que, apesar de tais recursos, ainda assim se tornava imperioso juntar-se aos discípulos mais chegados e estender mais as explicações de sua fala, primeiro dirigida ao grande público.
 
Ele hoje se refere direta e objetivamente ao que seja o reino de Deus. E no correr de sua digressão, ao buscar exemplo na semente, que plantada por fim germina, de algum modo faz ver o zelo e o cuidado que com ela se há de lidar.
 
No ponto certo, a semente de trigo vai ser ceifada.
 
Já no caso do grão de mostarda, pequenino, torna-se ele em ramos tão grandes, que proporciona sombra e abrigo.
 
Há por isso o homem de estar pronto e preparado.
Talvez se percam as pessoas no tempo, atraídas por compromissos e afazeres terrenos, como se jamais fossem perecer.
 
A vida cá em baixo, seja ela realmente vivida intensamente com todos os favores e graças e conquistas, sem que, no entanto se perca que o homem nasce para desígnios maiores.
 
Filho amado de Deus, fica-lhe reservada ventura maior e mais sublime, - o gozo da eternidade, a visão beatífica de Deus, a glória por toda a eternidade.
 
A terra, uma simples passagem.
 
 
 
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