A primeira Comunhão
III DOMINGO DA PÁSCOA
Maio, 4, 2014 – Liturgia do Ano “A”
Evangelho (Lucas, 24, 23-35)
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“” Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. Conversavam sobre todas as coias que tinham acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os discípulos, porém, estavam como que cegos e não o reconheceram. Então Jesus perguntou:
“O que ides conversando pelo caminho?”
Eles pararam, com o rosto triste, e um deles chamado Cléofas, lhe disse:
“Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que aconteceu nestes últimos dias?”
Ele perguntou: “O que foi?”
Os discípulos responderam:
“O que aconteceu com Jesus, o nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e diante de todo o povo. Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu.”
Então Jesus lhes disse:
“Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Será que o Cristo não deveria sofrer tudo isso para entrar na sua glória?”
E, começando por Moisés e passando pelos profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele.
Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo:
“Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!”
Jesus entrou para ficar com eles. Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu e lhes distribuía.
Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. Então um disse ao outro:
“Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”
Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém, onde encontraram os onze reunidos com os outros. E estes confirmaram:
“Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!”
Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. “”
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Uma observação importante é considerar que, não obstante a morte de Jesus tenha frustrado as esperanças dos discípulos ou, se não isso, ao menos os tenha deixado desorientados, eles não se separaram.
Permaneciam unidos e certamente em oração.
Não entendiam aquele vazio deixado com a morte de cruz, o Mestre crucificado, indefeso, logo Ele detentor de todos os poderes. Certo igualmente que terão sido acometidos de medo pelo simples fato de constatar a crueza perpetrada contra Jesus. Que igual desdita não os alcançasse.
De outro lado, agora, já se lhes revelara, por Simão e Maria, que Cristo ressuscitara.
Quanto aos discípulos de Emaús, não integrantes do clã diretamente selecionado e por isso mesmo de fé segura, apenas lamentavam porque tudo acabara de forma tão inesperada e triste.
Ao momento do pão partido, porém, que lhes fora entregue, reconhecem afinal Jesus.
Sobrevém aos dois uma aura imediata de felicidade, a ponto de se dizerem sensíveis, com o coração a arder.
Aquela era a primeira comunhão, após a ressurreição.
Esses dois, os privilegiados, a por primeiro receberem no coração Jesus, com seu corpo, sangue, alma e divindade!
João Paulo