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Publicado: Sábado, 27 de junho de 2015

A mão dele no seu ombro

A mão dele no seu ombro

 

 

FESTA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO

Domingo, 28.06.2015 – Ano “B” de Marcos

Evangelho (João, 21, 15-19)

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“”    Jesus se manifestou aos seus discípulos e, depois de comer com eles, perguntou a Simão Pedro:

“Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?

Pedro respondeu:

“Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”.

Jesus disse:, “Apascenta os meus cordeiros”.

E disse de novo a Pedro:

“”Simão, filho de João, tu me amas?

Pedro disse:

“Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”.

Jesus lhe disse: “Apascenta as minhas ovelhas”.

Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?”

Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu:

“Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo”.

Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo, quando eras jovem, tu te cingias e ia para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir”.

Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou:

“Segue-me”.    “”

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O fato de que Jesus interrogou Pedro três vezes, pode assumir a interpretação errônea de que o Mestre estaria a censurar o apóstolo, que também por três vezes negara conhecer Jesus. Ali, no início do processo da Paixão de Cristo.

De absoluta coerência com a infinita bondade e misericórdia de Deus, muito bem se esteja aqui a realçar que o erro – e a até a repetição dele – podem contar com o perdão divino, se o arrependimento sincero ocorre ao infrator.

A fraqueza humana é latente e, cobrados fossem os impenitentes já na primeira incidência do pecado, quem se salvaria?

De outro lado, não vá ninguém à ingenuidade de que por isso mesmo se há de ficarem o cristão ou cidadãos outros a folgar no erro, confiantes de que sempre vai ser possível a reconsideração.

O abuso desautoriza e o buraco que tal conduta abre seria por demais profundo.  Cautela, portanto.

Ao mesmo tempo em que se falha pela não confiança na salvação é igualmente danosa a permanência no erro. Desesperar dessa sorte equivale ao infortúnio definitivo.

Igualam-se assim os homens todos, aqueles na busca incessante do bem e,  mesmo assim reincidentes, se com obstinação procuram voltar ao normal. As mãos de Jesus estão sempre estendidas.

Quando convictamente seguidor do Mestre, sinta que a mão dele repousa em seu ombro. Perdido o estado de graça, embora sem a mão no ombro, preste atenção que Ele vem logo atrás e bem perto.

É como se Ele, nessas horas, dissesse de novo:

“Segue-me”.

                                                                                           João Paulo

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